O PSD retirou da agenda do debate desta sexta-feira a sua proposta para aumentar em seis meses o prazo de atribuição das prestações de subsídio de desemprego que se esgotem em 2010.
O partido justificou a retirada do seu projecto de lei com «o alargamento do subsídio social de desemprego decidido pelo Governo em 2009 e renovado na semana passada».
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Em declarações aos jornalistas sobre o facto de a sua bancada ter deixado cair esta proposta, a deputada Rosário Águas afirmou que «se o Governo teve uma iniciativa igual à que o PSD tinha em cima da mesa» não faria sentido mantê-la.
«Exactamente à semelhança do que aconteceu com as taxas moderadoras, após uma proposta do PSD, o Governo veio propor exactamente a mesma medida, o PSD entendeu que se tornava inútil a proposta inicial e por isso estamos satisfeitos que o Governo tenha decidido no mesmo sentido», disse a deputada citada pela Lusa.
«O que queríamos era ter uma protecção excepcional àqueles que estão no desemprego e cujo prazo expirou para poderem ser apoiados pela Segurança Social, isso foi conseguido por mais seis meses», acrescentou Rosário Águas.
Recorde-se que na quarta-feira, o Governo já tinha criticado os diplomas que pretendem alargar o subsídio de desemprego, e que vão a debate sexta-feira, considerando que teriam custos incomportáveis. Concretamente em relação ao projecto do PSD, agora retirado, o executivo estimou o seu custo em 120 milhões de euros.
A deputada social-democrata reconheceu que nas negociações sobre o Orçamento de Estado «tudo está em cima da mesa» e por isso o seu partido achou «despropositado estar a manter a proposta».
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