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Brasil: acidente aéreo leva a demissão de ministro

Waldir Pires vai ser substituído na pasta da Defesa por Nelson Jobim

A crise aérea brasileira, agravada pelo acidente com o Airbus A320 da companhia TAM no último dia 17, provocou a demissão do ministro da Defesa, Waldir Pires, que será substituído pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, noticia a Lusa.

O anúncio oficial foi feito hoje pelo Palácio do Planalto, que aceitou o pedido de demissão de Pires e dará ainda esta tarde posse ao novo ministro, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

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Jurista respeitável e um dos articuladores da coligação do actual governo, em que seu partido tem um papel de destaque, Nelson Jobim aceitou comandar a Defesa após três convites do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O primeiro convite foi feito em Março e o segundo na semana passada, logo após o acidente em São Paulo com o avião da TAM, em que morreram 198 pessoas.

Desde o início da crise aérea brasileira, em Setembro do ano passado, Lula da Silva teria adiado várias vezes a decisão de substituir Waldir Pires pela idade do ministro - 80 anos - e pela sua trajectória política, mas a tragédia da última semana tornou insustentável a sua manutenção no cargo.

A mudança no Ministério da Defesa deverá ser acompanhada pela troca de comando na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), já que a permanência do actual presidente do órgão, brigadeiro José Carlos Pereira, ficou igualmente difícil após o acidente com o Airbus A320.

Dos 198 mortos na tragédia, 74 foram identificados até agora.

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O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo adiantou, entretanto, que vários corpos ficarão sem identificação devido ao seu estado de carbonização.

Segundo os legistas, a elevada temperatura no local do acidente reduziu muitos corpos a cinzas.

Hoje, os aeroportos vivem mais um dia de caos, com longas filas e voos atrasados nomeadamente pelo mau tempo na região Sudeste.

As medidas adoptadas terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil já começam, entretanto, a surtirem efeito no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A Anac proibiu a venda de passagens aéreas a partir do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que vive sérios transtornos uma semana após o maior acidente aéreo da história da aviação brasileira.

A proibição é válida até que seja restabelecida a normalidade do fluxo de passageiros em Congonhas, ainda lotado devido aos vários atrasos e cancelamentos de voos.

A crise aérea brasileira ficou evidenciada em Setembro do ano passado, quando um Boeing da GOL se chocou com um jacto Legacy, na Amazónia brasileira, resultando na morte de 154 pessoas.

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