O biomédico Cristiano Oliveira, de 33 anos, contou ao site Terra que estava a conduzir na faixa da direita da avenida Washington Luiz , em frente ao prédio da TAM, no momento da colisão do avião.
Segundo o relato do brasileiro, foi necessário travar o carro para não bater na cauda do avião. A aeronave terá passado a apenas 4m de altura do seu automóvel. Os destroços do prédio partiram os vidros de trás e da porta da viatura. Oliveira estava num congresso em São Caetano e, naquele instante, dirigia-se ao aeroporto para buscar a namorada, que vinha de Goiânia.
PUB
«Na hora que eu vi aquilo tudo, a impressão que tive é que ia morrer. Baixei a cabeça e esperei o impacto», declarou. Ele conta que, na hora da explosão, uma onda de calor muito forte se espalhou pelos arredores do local do acidente. Neste momento, Oliveira saiu agachado do carro e passou ao lado dos destroços da asa.
«As pessoas não têm noção da situação que eu passei. Se você contar para 10 pessoas, nove não vão acreditar», acrescenta. Para o biomédico, a experiência foi como «nascer de novo». Até as 14h desta quarta-feira, o biomédico ainda não tinha conseguido dormir. Oliveira conta que ficou tão impressionado com o que viveu que passou «a madrugada sentado no sofá, pensando no vazio».
Cristiano Oliveira diz, com convicção, que «se o avião estivesse um pouco mais devagar, cairia em cima do meu carro». Na próxima sexta-feira, Oliveira deverá voltar ao seu Estado natal. Ainda não decidiu se irá de carro de avião.
Entre as vítimas do acidente estão 12 idosas, na faixa dos 80 anos. As senhoras eram conhecidas no Rio Grande do Sul por produzirem o «Tricô dos Precatórios» e viajavam para São Paulo a convite da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde iriam participar do Movimento Nacional contra o Calote Público, que seria realizado nesta quarta-feira na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
PUB