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Norte precisa de urgências de Urologia

Especialista defende criação de mais «três ou quatro» unidades

A região Norte precisa de mais «três ou quatro» urgências na área da Urologia a funcionar ininterruptamente durante todo o ano, para «aliviar» o Hospital de Santo António, no Porto, defendeu hoje um responsável desta unidade.

«Era importante haver outros hospitais com urgências nesta valência 24 horas por dia durante todos os dias do ano, porque o serviço de Urologia do Hospital de Santo António, que não é assim tão grande, não pode aguentar sozinho com toda a Urologia do Norte», disse à Lusa, António Lhamas.

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O chefe do serviço de Urologia do Hospital de Santo António falava em Viana do Castelo, durante as Jornadas de Medicina Familiar subordinadas ao tema «Novidades e Controvérsias em Urologia».

Má distribuição

Segundo o especialista, Portugal não tem falta de urologistas, mas tem-nos «mal distribuídos» em termos territoriais, pelo que seria importante «colocá-los estrategicamente» para ficarem mais próximos dos doentes em casos de urgência.

O Hospital de Santo António é o único em todo o Norte do país, até ao Mondego, que tem urgências urológicas 24 horas por dia e 365 dias por ano, enquanto que nas restantes unidades hospitalares ou pura e simplesmente não há esse serviço, ou há urgências «à chamada», ou têm-nas apenas de dia.

«Isto resulta num movimento enorme no Santo António», disse ainda António Lhamas, garantindo que naquela unidade se realizam anualmente «entre 300 a 400» cirurgias nas urgências da Urologia.

Tem de espera de três meses para cirurgia

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Ainda segundo o mesmo responsável, o tempo médio de espera naquele hospital para uma cirurgia a uma patologia maligna é de três meses, o que, por vezes, obriga a «sacrificar» o atendimento às patologias benignas, «que sempre podem esperar um pouco mais».

O presidente do Conselho Distrital de Viana do Castelo da Ordem dos Médicos, Pedro Silva, lembrou que o Alto Minho é uma região «envelhecida» e que, por isso, necessita de um serviço de Urologia «em permanência», para evitar o frequente envio de doentes para o Porto.

Para Pedro Silva, algumas das patologias da área da Urologia, como a incontinência urinária feminina, ainda estão «subdiagnosticadas», uma vez que os doentes as escondem, «por vergonha».

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