A Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências considerou esta quarta-feira «completamente infundada» a acusação de manipulação de informação constante nos seus relatórios, que garantiu terem sido tornados públicos tal como foram entregues na tutela, escreve a Lusa.
Na terça-feira, o PSD acusou o Ministro da Saúde, Correia de Campos, de mentir quando afirmou que o encerramento de mais de 50 Serviços de Atendimento Permanente (SAP) estava previsto na proposta de reestruturação da rede de urgências.
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Exibindo duas folhas alegadamente retiradas do relatório da comissão técnica de apoio ao processo de requalificação das urgências, Marques Guedes sublinhou que nesse documento é expressamente indicado que a matéria dos SAP «não foi alvo de discussão da comissão técnica, sendo informação fornecida pelas ARS».
«Ciente desse facto, o ministério mandou retirar as páginas do relatório, procurando assim esconder ao público informação oficial. Só que as páginas existem e desmentem frontalmente o ministro», acrescentou o líder da bancada do PSD, durante uma conferência de imprensa na sede do PSD.
Em comunicado, a comissão técnica refere-se a dois relatórios públicos, um de Setembro de 2006 e outro de Janeiro deste ano, e a um outro documento «intermédio e de circulação exclusivamente interna», onde consta, nas páginas 22 e 23, que o tema do encerramento dos SAPs não tinha sido objecto de discussão pela comissão.
«A Comissão Técnica tem uma missão: o estudo da Rede Nacional de Urgências. Desta missão não faz parte a organização dos Cuidados de Saúde Primários, existindo para o efeito organismos específicos dotados de competências para o efeito», afirma a comissão.
Assim, acrescenta, nos dois relatórios divulgados «não se inclui qualquer menção a dados explicativos ou referentes a SAP».
«Considera esta Comissão Técnica consultiva completamente infundada a acusação de manipulação de informação constante em qualquer relatório da Comissão Técnica. Os referidos relatórios (o inicial e o final) foram colocados nos portais oficiais do Ministério da Saúde exactamente como foram entregues ao ministro da Saúde», garante a comissão.
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