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Mais condutores presos na Páscoa

Quem bebeu nos últimos quatro dias,bebeu a sério. Perto de 50 por cento dos excessos de álcool, detectados pela BT, levaram os condutores à prisão. Números estão acima do «habitual». 40 por cento dos acidentes graves resultaram de despistes e 20 por cento de atropelamentos

Cerca de 50 por cento dos excessos de álcool detectados pela Brigada de Trânsito (BT) na Operação Páscoa foram acima de 1,2 g/l de álcool no sangue. Isto é, metade dos condutores apanhados ingeriu álcool em grandes quantidades e acabou por ser detido. Os números estão acima do «habitual», revela a BT. Acidentes graves foram despistes, colisões e atropelamentos.

«Houve de facto um aumento nas detenções por condução sobre o efeito do álcool. O número de detenções ronda habitualmente os 30 por cento, mas nesta operação está muito perto dos 50 por cento», explicou ao PortugalDiário fonte da Brigada de Trânsito.

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Durante a operação Páscoa as patrulhas da BT registaram 128 casos de excesso de álcool. Destes, 62 condutores apresentavam uma taxa de álcool superior a 1,2 g/l de álcool no sangue, o que configura crime. Por dia foram detidos, em média, 15 condutores no último fim-de-semana prolongado.

No total, foram testados 2216 automobilistas. Sábado foi o dia em que a BT registou mais excessos de álcool e mais detidos.

Despistes e atropelamentos

Os acidentes graves registados neste período resultaram de despistes: cerca de 40 por cento. Igual percentagem foi verificada também para colisões e 20 por cento dos acidentes graves dizem respeito a atropelamentos.

«Os despistes revelam que muitos condutores continuam a conduzir com velocidades elevadas. Em geral, um despiste acontece quando a velocidade a que o veículo circula não é a adequada à via», explicou a BT.

A BT controlou a velocidade a mais de 112 mil veículos e multou, por conduzirem com «prego a fundo», 2305 condutores. Sábado foi mais uma vez o dia com mais excessos.

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Menos acidentes e menos mortos

Apesar do excesso de álcool e de velocidade, a Operação Páscoa sai de 2007 com um balanço positivo. Este ano, houve menos dois mortos e menos 245 acidentes. No total, morreram seis pessoas e aconteceram 938 acidentes.

Os acidentes provocaram ainda 28 feridos graves, exactamente o mesmo número que no ano anterior. Em 2007, foram ainda registados menos 20 feridos leves, isto é, 294.

Porto e Aveiro foram os distritos com mais acidentes e Lisboa o distrito com mais mortos. Viana do Castelo e Vila Real têm o recorde de feridos graves.

Mais prevenção

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) considerou hoje negativo o balanço da Operação Páscoa da GNR, que em quatro dias registou seis mortos em 938 acidentes, e renovou as críticas ao Governo por falta de políticas de prevenção rodoviária.

Apesar do número de vítimas mortais ter descido, e do desempenho da GNR ter sido «excepcional», o ACP afirma-se «preocupado» com os resultados e renova as críticas ao Governo, que acusa de «continuar sem tomar medidas objectivas nem seguir políticas de prevenção rodoviária» Os responsáveis do clube consideram que a situação actual penaliza «todos os automobilistas» e que, nestas circunstâncias, é «praticamente impossível baixar o índice de sinistralidade».

O ACP denuncia ainda a falta de preparação dos condutores portugueses. «O excesso de velocidade, de álcool e o desrespeito pela sinalização continuam a ser as principais razões dos acidentes o que mais uma vez demonstra a pouca preparação e sensibilização dos automobilistas portugueses», sublinha o comunicado.

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