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A voz de Alberto João Jardim

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Quase sempre inconveniente, consegue ser o único a fazer oposição

Pode parecer incrível, até porque este texto é escrito no continente e não na ilha, mas por estes dias a estratégia política de Alberto João Jardim merece algum destaque e até elogios.

O jeitinho atrapalhado continua, os exageros também, as palavras muitas vezes insultuosas mantêm-se, porém, neste momento, o líder madeirense consegue fazer uma oposição que mais ninguém ousa fazer em Portugal. Enquanto a classe política apura o bronze, nos derradeiros dias de férias, Jardim aproveita esses mesmos dias de descanso para atacar o primeiro-ministro.

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E, pelo menos uma vez, foi certeiro. No que diz respeito à promessa de José Sócrates em criar 150 mil empregos durante o seu mandato.

Recorde-se que o primeiro-ministro aproveitou uma ida a Santo Tirso para anunciar mais 1200 postos de trabalho proporcionados pela PT. Esquece-se de dizer que tais empregos serão precários, grande parte deles temporários e até há a possibilidade de se tratarem de deslocalizações da empresa de telecomunicações.

Alberto João Jardim aproveitou para atacar uma vez mais, depois de no fim-de-semana ter falado na necessidade de criar um novo partido, com certeza pelo silêncio impressionante de Manuela Ferreira Leite. O madeirense não deixou terra por levantar:

«Se neste momento há 200 mil desempregados a mais do que havia quando ele tomou posse e se ele criou 130 mil postos, isto significa que mandou para o desemprego 330 mil portugueses. Somando mais os 100 mil que estão trabalhando em Espanha, significa que quase meio milhão de portugueses foram desempregados por este senhor.

As contas poderão não ser exactamente estas, mas não deixam de reflectir um estado de espírito comum a grande parte dos portugueses, que não sentem esse crescimento no número de postos de trabalho. Jardim sabe que está sozinho e, sem amarras, navega à distância, em velocidade cruzeiro, dizendo tudo o que quer e não se deixando agrilhoar por estratégias partidárias mais ou menos catastróficas.

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