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Refugiados no ensino superior vão ter os mesmos apoios que alunos portugueses

Os estudantes refugiados no ensino superior português vão ter um estatuto que os equipara aos estudantes nacionais em termos de elegibilidade para apoios sociais já a partir do próximo ano letivo

Os estudantes refugiados no ensino superior português vão ter um estatuto que os equipara aos estudantes nacionais em termos de elegibilidade para apoios sociais já a partir do próximo ano letivo, disse esta quinta-feira à Lusa o ministro Manuel Heitor.

À saída da conferência internacional dedicada ao ensino superior em situações de emergência que hoje decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adiantou que a mudança vai estar em prática no ensino superior português, público e privado, já em 2018-2019.

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O que o Governo decidiu foi a partir do próximo ano letivo facilitar mecanismos de apoio de ação social. Todos os estudantes que venham de zonas de emergência têm um estatuto especial, são equiparados aos estudantes portugueses e podem receber apoios sociais. Até aqui não podiam, porque não estavam no quadro legal da ação social escolar para o ensino superior e por isso tinham que ser as instituições individualmente a apoiá-los”, disse o ministro.

Durante o painel foi apresentado o portal do projeto RRM – Rapid Response Mecanism (Mecanismo de Resposta Rápida), uma proposta do ex-Presidente da República Jorge Sampaio, mentor do projeto que conta com o apoio das Nações Unidas.

A plataforma digital, que deverá estar disponível em breve, pretende ser um espaço de promoção de diálogo e um fórum de discussão sobre o próprio mecanismo, para além de ter como objetivos a busca de parcerias e gerar recursos, entre outros aspetos, explicou a assessora de Jorge Sampaio e responsável pelo projeto da plataforma digital RRM, Helena Barroco.

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Uma das ideias para captação de financiamento é pedir a contribuição solidária dos estudantes do ensino superior de todo o mundo: se a cada ano cada aluno contribuir com um euro, o valor mínimo de apoio, e tendo em conta que o ensino superior conta com 230 milhões de alunos em todo o mundo, com tendência crescente, será possível angariar todos os anos 230 milhões de euros para o projeto.

Helena Barroco manifestou ainda o desejo de que os cursos de Medicina sejam “um setor importante” no âmbito do RRM, por ser uma área de formação fundamental para quem vem deslocado de zonas de guerra.

A conferência internacional é organizada pela Plataforma Global para os Estudantes Sírios, uma iniciativa de Jorge Sampaio, e pelo Governo português.

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