[artigo actualizado às 11h34 de sábado]
A Guarda Civil espanhola confirmou ter localizado o corpo de Mari Luz, uma menina espanhola desaparecida há 50 dias, perto da Ría de Huelva.
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O resultado da autópsia ao corpo da menina deverá ser conhecido este sábado, segundo avançam vários órgãos de informação.
A subdelegação regional da Guardia Civil de Huelva assegurava, sexta-feira, que o cadáver achado pertencia à menina. Que foi, aliás, reconhecida pela família, levando vestidas as mesmas roupas com que desapareceu a 13 de Janeiro.
O corpo de Mari Luz Cortés (em avançado estado de decomposição, mas com um golpe na cabeça) foi transferido, entre cenas de enorme dor dos familiares, para o instituto forense de Huelva. Dezenas de pessoas juntaram-se aos pais da criança. «A sensação de tristeza e dor é enorme. Estamos perante o corpo de uma criança», disse aos jornalistas o delegado do governo da Junta em Huelva, Justo Mañas, numa curta declaração aos jornalistas.
Investigações iniciais indicam que o corpo tinha uma marca de golpe na cabeça. A situação ficou ainda marcada por alguma tensão quando familiares de Mari Luz criticaram agentes policiais por não terem «procurado desde o primeiro dia entre os barcos e os molhes, como a família pediu insistentemente».
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Segundo a polícia, buscas tinham sido conduzidas próximo da zona onde foi encontrado o corpo, em avançado estado de decomposição. Terá sido a tripulação de um navio mercante que avistou um cadáver a flutuar na água, dando aviso á Vigilância do Porto, que rapidamente alertou a Guarda Civil do Mar, que resgatou o corpo.
Além da autópsia, os especialistas do instituto forense deverão realizar as provas científicas formais para a identificação definitiva do corpo, que, segundo a polícia, tem roupas idênticas às que faziam parte da descrição dada às autoridades aquando do desaparecimento de Mari Luz.
Família destroçada
O porta-voz da família de Mari Luz, Luis Molina, afirmou que os familiares estão «mal e destroçados» depois de conhecer a descoberta do cadáver, pedindo à imprensa e aos populares que «respeitem a sua dor».
Em declarações aos jornalistas à porta do instituto forense de Huelva, para onde foi transportado o corpo descoberto hoje, Molina precisou que ainda não chegou a confirmação oficial de que o cadáver corresponde a Mari Luz, mas «há 99 por cento de probabilidades de que seja ela».
Molina apelou tanto aos jornalistas como aos muitos populares que convergiram no local que, apesar de entender que querem expressar o seu apoio e solidariedade, devem «respeitar a dor» da família e «dar-lhes tranquilidade necessária num momento amargo».
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