Já fez LIKE no TVI Notícias?

Cancro da pele: médicos e professores podem salvá-lo

Relacionados

Profissionais podem ajudar a criar comportamentos adequados de exposição ao Sol

A Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC) pretende contar com a colaboração dos profissionais de saúde e de educação para travar o número crescente de doenças relacionadas com a exagerada exposição ao Sol, informou a agência Lusa.

«Os profissionais de saúde é que lidam com os utentes e o que nós queremos é que, numa consulta genérica por qualquer outro motivo, eles possam identificar lesões de risco para o cancro da pele», salientou esta quinta-feira Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC.

PUB

Relativamente aos educadores, a aposta da associação reside no facto de «ser necessário contar com estes profissionais para que ajudem a criar boas normas» de exposição social entre os mais novos.

«A lesão é mais grave quanto mais cedo a pele é agredida», alertou o dermatologista, recordando que «os adolescentes são um dos principais grupos de risco» porque não adoptam comportamentos adequados quando se expõem ao Sol.

Cancro: nova linha telefónica de apoio

Linha do cancro: 100 chamadas por dia

A sensibilização para os problemas provocados pela excessiva exposição solar é o objectivo das reuniões que a APCC promove sexta-feira e sábado, no Porto, dirigidas a profissionais de saúde e de educação.

Osvaldo Correia alertou que «Em Portugal, tal como na Europa Ocidental e nos EUA, a incidência de cancro cutâneo tem vindo a aumentar». As pessoas que correm maiores riscos de contrair a doença são as de pele clara, cabelos louros ou ruivos, olhos claros e muitos sinais ou sardas.

PUB

Apesar de não ser o único responsável pelo cancro da pele, o Sol está na origem de cerca de 90 por cento dos casos em Portugal, onde são diagnosticados anualmente 800 novos casos de melanoma, o mais maligno dos tumores, e 10 mil novos casos de carcinomas basocelulares e espinocelulares, os menos graves.

A incidência de melanoma maligno tem vindo a aumentar em Portugal, tendo duplicado em cada década desde 1930, altura em que o risco de desenvolver um melanoma era de 1 para cada 1.500 pessoas. Na viragem do século, esse risco tinha aumentado para 1 por cada 80 pessoas.

Os dados oficiais indicam que um quinto dos doentes com melanoma morre em consequência desta espécie de cancro da pele e que mais de metade dos casos ocorre em pessoas com menos de 40 anos.

As estatísticas referem também que mais de 90 por cento dos casos têm cura, desde que o tumor seja diagnosticado na fase inicial.

O cancro da pele, que se manifesta num período que varia entre 10 e 20 anos depois do factor que o originou, tem maior incidência entre os jovens e as mulheres.

APCC vai também promover em Lisboa, a 28 e 29 de Março, reuniões de sensibilização para profissionais de saúde e de educação, com objectivos idênticos às que se realizam no Porto.

PUB

Relacionados

Últimas