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Amadora: moradores têm medo dos tiroteios

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Ouviram-se disparos durante toda a noite de domingo no Moinhos da Funcheira

Um «tiroteio de várias horas», ocorrido no domingo passado, deixou os moradores do bairro de Santa Filomena, na Amadora, preocupados com a falta de segurança na zona, onde acordar ao som de disparos é já considerado «normal», noticia a agência Lusa.

De acordo com o relatório da PSP local, citado à Lusa por fonte do comando metropolitano de Lisboa, os agentes que faziam a ronda nocturna avistaram junto ao bairro cinco suspeitos de um assalto ocorrido cerca das 2h00 nos Moinhos da Funcheira, na mesma freguesia (Mina), que começaram então a fugir e acabaram por entrar num espaço de diversão com cerca de trezentas pessoas no interior e cem junto à porta.

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Depois de chamada uma equipa de intervenção rápida, a polícia tentou passar a multidão, mas foi recebida com pedras e garrafas, reagindo às tentativas de agressão com «disparos para o ar».

Apesar de o relatório não referir o uso de armas de fogo por civis, alguns habitantes garantiram à Lusa que se tratou de um violento «tiroteio de várias horas», do qual ninguém saiu ferido «por milagre».

«Parecia que estávamos no Iraque, houve tiroteio até ser de manhã. Até é normal haver tiros aqui no bairro, mas com esta intensidade nunca tinha acontecido», contou um jovem morador, que preferiu não identificar-se por temer retaliações.

Tiroteio toda a noite

De acordo com o mesmo morador, o tiroteio na madrugada de domingo ocorreu entre as 1h30 e 2h30 e, depois, recomeçou cerca das 3h30 e prolongou-se até depois das 4h00.

«Tem havido muitos problemas com as pessoas que frequentam aquela discoteca, ao sábado à noite. Temos sempre de nos fechar em casa, porque ali circulam armas, entra gente de todas as idades, bebe-se muito e a polícia não passa da porta», acrescentou, lembrando também que têm vindo a aumentar os assaltos à mão armada nas casas de Santa Filomena.

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Para outro morador, que também optou pelo anonimato, o incidente de domingo foi uma experiência «aterrorizante», sobretudo porque teve de acalmar os dois filhos, ainda crianças, e explicar-lhes o que estava acontecer.

«Vieram logo a chorar para a minha cama e pediram para fugirmos. Disse-lhes para não terem medo, mas a verdade é apanhei um grande susto e já não posso garantir que eles estão seguros, porque isto virou um bairro da pólvora», lamentou.

Contactado pela Lusa, o comandante da divisão da Amadora da PSP, António Pereira, adiantou que não houve feridos e sublinhou que «nem todas as informações dos moradores têm fundamento».

O responsável disse ainda que a polícia está no bairro de Santa Filomena «todos os dias».

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