Um português, de 63 anos, que se encontrava perto do Estádio de França, morreu nos atentados terroristas de sexta-feira em Paris, disse à TVI24 o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.
José Cesário disse que o cidadão português "residia em França há vários anos" e "tinha um trabalho ligado ao transporte de pessoas" em Paris.
O motorista português morreu na sequência de "um transporte para o Estádio de França", contou ainda o responsável.
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A TVI24 apurou que o emigrante português era natural de Mértola e vivia em França desde os 18 anos. Era casado e tinha dois filhos, mas tanto a mulher como os filhos encontravam-se em Portugal a tratar do casamento da filha mais velha. A família embarcou neste sábado para Paris.
Seis ataques terroristas em Paris fizeram, na noite de sexta-feira, pelo menos 129 mortos, de entre os quais os dois portugueses, e 352 feridos, 99 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
O Estado Islâmico já reclamou a autoria dos atentados, enquanto o presidente francês, François Hollande, considerou estes ataques um " ato de guerra".
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“Tive conhecimento dos atentados pela comunicação social e, depois, fiquei a saber que um dos portugueses que morreu era natural de Corte do Pinto (Mértola)”.
“Para nós, é um momento muito triste, é uma hora triste e não quero deixar de expressar os meus sentimentos a toda a família e amigos, assim como às restantes famílias que tiveram vítimas nestes atentados”.
“Perder assim uma pessoa originária da terra, que teve necessidade de sair do país para governar a sua vida”, tendo emigrado “há 40 anos” para França, é triste, sublinhou.
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