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Exames: professores grevistas da Madeira fizeram piquenique

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80% dos docentes da escola do Carmo, em Câmara de Lobos, aderiram à greve, embora esta não tenha penalizado a realização de provas para cerca de 80 estudantes

Um grupo de professores grevistas fez, esta segunda-feira, um piquenique em frente à Escola Básica e Secundária do Carmo, em Câmara de Lobos, na Madeira, em protesto contra as políticas do Governo da República para o setor.

«Estamos, aqui, a manifestar o nosso desacordo com as políticas que têm sido tomadas para com a classe dos professores», explicou Miguel Ganança, indicando uma mesa farta de bolachas, bolos e sumos.

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Este professor realçou que 80 por cento dos professores da escola aderiram à greve, embora esta não tenha penalizado a realização de exames para cerca de 80 estudantes.

«O exame está a realizar-se porque eram apenas quatro salas, mas penso que 80 por cento de professores em greve é um número elevado e que o Ministério da Educação poderá, daí, tirar as suas ilações», adiantou.

Cerca de 75.000 alunos só hoje souberam se faziam ou não os exames de Português e de Latim, uma vez que nem o Governo alterou a data das provas, nem os sindicatos desconvocaram a greve.

A época oficial de exames de Ensino Secundário começou hoje com o Português do 12º ano, para o qual estão inscritos 74.407 alunos, realizando-se também provas de Latim (108 inscritos) e de Português Língua Não Materna (para imigrantes), com 136 alunos.

Os professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

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Os sindicatos temem o despedimento de professores do quadro e a dispensa de contratados, em larga escala.

A mobilidade geográfica implica também aumentar a distância da residência a que os docentes podem ficar colocados.

Desde o ano passado que a primeira fase de exames tem caráter obrigatório, ficando uma segunda fase reservada apenas para situações excecionais.

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