A Federação Nacional da Educação (FNE) aponta para uma adesão à greve «acima dos 80 por cento». «Vai ao encontro dos números da Fenprof», disse à Lusa Fátima Martins, da FNE.
O secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, que esteve hoje a visitar a Escola Alexandre Herculano no Porto, questionou a legalidade da convocatória feita aos professores.
PUB
«O ministério fez uma convocatória que nós não sabemos se tem total legalidade e alguns dos professores que foram convocados dentro deste grupo total, disponibilizaram-se para substituir os colegas que estão a fazer greve e que impediriam a realização destes exames», afirmou.
João Dias da Silva exigiu também a marcação de uma nova data para os alunos que não fizeram este exame. «Isto é irrenunciável da parte do Ministério da Educação», asseverou.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da FNE disse que que preferia que a percentagem fosse de 100 por cento e que todos os professores estivessem em greve.
«Achamos que há razões muito fortes para fazer greve, que esta greve se justifica, tem todas as razões para que ocorra, e vamos agora fazer o balanço e a leitura sindical», defendeu.
O secretário-geral da FNE lembrou que existe uma grande preocupação para que haja «um equilíbrio entre as diferentes provas que são postas à disposição dos alunos».
«Já sabemos todos que desde sempre, na primeira e segunda fases, havia provas que, na comparação, umas eram mais fáceis, outras mais difíceis. (...) Isto existe todos os anos (...). Aquilo que acontece, é que desta vez o Ministério da Educação vai ter de usar a terceira prova, que é sempre também elaborada por questões de segurança», alertou o responsável da FNE.
A FNE lembrou que a greve não foi feita de propósito para ser nesta data. «A greve é neste momento, porque foi nesta altura que o Governo apresentou propostas que são muito más e que têm a ver com um desprestígio da profissão e dos profissionais.»
PUB