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Notícia TVI: juiz sorteado para julgar caso de Rui Pinto pediu escusa do processo

Paulo Registo esteve nos últimos dias envolto em polémica, depois de, nas redes sociais, ter mostrado ser um adepto fervoroso do Benfica

O juiz sorteado para julgar o processo em que Rui Pinto é acusado de 90 crimes pediu ao Tribunal da Relação escusa do processo, disse à TVI fonte judicial.

Paulo Registo, que iria presidir ao coletivo, esteve nos últimos dias envolto em polémica, depois de, nas redes sociais, ter mostrado ser um adepto fervoroso do Benfica e até de ter gostado de uma publicação em que Rui Pinto era apelidado de pirata. 

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Nos últimos dias, foram veiculadas informações na comunicação social e também nas redes sociais, conforme é do conhecimento público, que o presente processo tinha sido distribuído ao juiz signatário, que também está indigitado para integrar o coletivo que irá julgar o processo conhecido com e-toupeira e que mantém ligações ao Sport Lisboa e Benfica, com revelação pública de diversas fotografias e também de publicações nas redes sociais”, refere o despacho.

O juiz acrescenta que “são também levantadas suspeitas no sentido destes dois processos terem sido intencionalmente distribuídos" a si próprio, "com o intuito de beneficiar o Sport Lisboa e Benfica, clube do qual se afirma textualmente que é adepto apaixonado e ferrenho, ao mesmo tempo em que se alega um intuito de prejudicar os arguidos Rui Pedro Gonçalves Pinto e Aníbal Fernando de Araújo Pinto [advogado], assim como o próprio Futebol Clube do Porto”.

Caberá agora ao Tribunal da Relação de Lisboa decidir se aceita o pedido de escusa.

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Paulo Registo faz também parte do coletivo de juízes do processo "E-toupeira", que aguarda decisão de um recurso pendente.

A defesa de Rui Pinto já tinha manifestado preocupação quanto ao resultado deste sorteio, que aconteceu na terça-feira, dia 14, no Campus de Justiça em Lisboa.

O julgamento de Rui Pinto ainda não tem data marcada e o hacker continua em prisão domiciliária na Polícia Judiciária, depois de ter sido revista a medida de coação e do arguido ter aceitado colaborar com a Justiça.

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Rui Pinto, que estava em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, foi colocado em prisão domiciliária em 8 de abril, mas em habitações disponibilizadas pela Polícia Judiciária (PJ) e sem acesso à internet, com o despacho da juíza de instrução criminal (JIC) Cláudia Pina a justificar que o arguido apresenta “agora um sentido crítico e uma disponibilidade para colaborar com a justiça”.

Em janeiro deste ano, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu levar a julgamento o advogado Aníbal Pinto (apenas pelo crime de tentativa de extorsão à Doyen), e Rui Pinto por 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão, mas deixou cair 57 dos 147 crimes pelos quais o arguido havia sido acusado pelo Ministério Público (MP).

Contudo, a procuradora do MP Patrícia Barão recorreu da decisão instrutória para o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), defendendo que o arguido deve ser julgado pelos 147 crimes que constam da acusação, aguardando-se ainda por essa decisão, que não tem efeito suspensivo do julgamento.

Na posse da investigação estão dez discos rígidos encriptados por Rui Pinto e aos quais a PJ ainda não conseguiu aceder.

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