A empresa proprietária do camião-cisterna que se incendiou, segunda-feira, na Auto-Estrada do Norte (A1), depois de colidir com outro veículo, abriu um inquérito para apurar as causas do acidente, disse à Lusa um responsável da Tiel.
O motorista do camião, com 48 anos, esteve internado no Hospital de Santa Maria, com 90 por cento do corpo queimado e lesões nas vias respiratórias, mas não conseguiu resistir aos graves ferimentos e acabou por falecer na quarta-feira.
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O condutor da outra viatura, um reboque que estava estacionado na berma, morreu no local do acidente.
O camião-cisterna transportava 31 toneladas de jet (combustível para aviões) e pertencia à Tiel, uma companhia que opera no sector de transporte de matérias perigosas e presta serviços a várias empresas do sector de combustíveis em Portugal.
Paulo Serpa, responsável pela área operacional da Tiel, adiantou que o inquérito já está a decorrer, esperando-se «resultados conclusivos» dentro de duas semanas.
Questionado sobre as causas do despiste do camião, Paulo Serpa preferiu não adiantar qualquer hipótese.
«Temos cenários e testemunhos completamente opostos e vagos», sublinhou.
A Lusa quis saber se a Tiel já tinha tido outros camiões envolvidos em acidentes desta gravidade, mas o responsável da empresa optou por não responder.
Segundo o site da transportadora, a frota está «equipada com as últimas tecnologias à data de compra das viaturas».
Em termos de dimensão, «a frota da TIEL ultrapassava largamente em 2005 as 200 unidades tractoras e registava mais de 250 unidades semi-reboques. A sua idade média, em 2005, era de dois anos e nove meses».
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