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Um em cada três condutores mortos está sob efeito de álcool

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«Não devemos falar em acidentes, mas sim em desastres provocados por condutores irresponsáveis», diz presidente da Autoridade de Segurança Rodoviária

Um em cada três condutores mortos nas estradas portugueses conduz sob o efeito de álcool, revelou o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

«Um em cada três condutores que morrem vítimas de acidentes de viação têm excesso de álcool e um em cada quatro condutores autopsiados têm mais de 1,2 gramas de álcool por litro de sangue», disse à Lusa Paulo Marques.

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O presidente da ANSR falava à margem de uma reunião de 40 especialistas onde estão a ser discutidas estratégias para redução do consumo do álcool na condução, numa organização do Conselho Europeu de Segurança Rodoviária (ETSC) e da ANRS.

A condução sob efeito do álcool é um dos factores de risco que mais contribui para a sinistralidade em Portugal.

«Não devemos falar em acidentes, mas sim em desastres provocados por condutores irresponsáveis», considerou Paulo Marques.

Segundo o responsável pela ANSR, o objectivo estratégico de Portugal é «reduzir significativamente o número de condutores mortos até 2015».

Evolução positiva

«Portugal tem vindo a fazer um percurso muito positivo. No início da década éramos o pior país da União Europeia e conseguimos reduzir para metade o número de mortos encontrando-nos perto da média europeia», lembrou Paulo Marques.

Contudo, e apesar da evolução, Portugal ainda pertence ao grupo de países com maior consumo de álcool per capita na UE e as doenças relacionadas com o álcool são responsáveis por cinco por cento das mortes.

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O número de mortes nas estradas portuguesas reduziu mais de metade, mas a estatística revela uma tendência de estagnação no que se refere às vítimas mortais relacionadas com o consumo de álcool.

Em termos gerais, muito embora Portugal apresente um dos melhores desempenhos em termos de condução não alcoólica comparativamente com outros estados da UE, a tendência é preocupante.

As entidades fiscalizadoras submetem, por ano, mais de meio milhão de condutores aos testes de rastreio do álcool e a estatística mostra que de 2005 a 2009 o número de infractores aumentou 20 por cento.

No que se refere à imposição de limites de álcool diferenciados para determinados condutores, Portugal faz parte dos estados-membros da UE que ainda não adoptou medidas nesse sentido, pese embora estejam a ser objecto de estudo, no âmbito da revisão do Código da Estrada, prevista na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR).

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