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Greve dos enfermeiros ultrapassou os 83%

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Números relativos ao primeiro dia avançados pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) registaram uma adesão dos enfermeiros ao primeiro dia de greve de 83,45%, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Segundo o responsável, a greve no turno da tarde rondou os 85% e a «média dos três turnos foi de 83,45%, o que continua a confirmar o descontentamento dos enfermeiros face à ausência de propostas concretas».

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Os serviços mais afetados foram os blocos de cirurgia programada e de ambulatório, as consultas externas e também os centros de saúde, disse.

No entanto, esclareceu não ser possível fazer a contabilização do número de cirurgias ou de consultas canceladas ou adiadas, pois isso «implicaria pedir a cada uma das instituições de todo o país que verificassem quantas estavam programadas e dessas quantas não foram realizadas, sem a garantia de que esses dados fossem disponibilizados, pois não estão obrigadas a tal».

Quanto aos centros de saúde, José Carlos Martins disse não dispor de dados contabilizados, porque o comportamento dos enfermeiros é muito díspar: em algumas unidades os profissionais simplesmente não fizeram greve e noutras «não apareceu ninguém ao serviço».

De qualquer forma, reconhece que a greve nos cuidados primários é menos expressiva, porque com horário de trabalho fixo, «se fizerem greve e faltarem, os enfermeiros perdem a retribuição».

Numa conferência de imprensa realizada hoje de manhã, o SEP voltou a apelar ao Ministério da Saúde para aumentar o número de admissões de enfermeiros, considerando que serão necessários de imediato pelo menos mais 2.500 profissionais, o mesmo número de enfermeiros que abandonaram o SNS nos últimos dois anos.

Nas contas dos sindicalistas, faltam mais de 25 mil enfermeiros nos serviços públicos: 6.500 nos cuidados primários e 19 mil nos hospitais.

Esta paralisação serve ainda para exigir uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e noturnas.

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