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Pais encerram escola por falta de segurança

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Queixam-se de agressões violentas por parte de estudantes mais velhos

Pais dos alunos da Escola Básica 118 do Alto da Ajuda, em Lisboa, encerraram a cadeado o estabelecimento para protestar contra a falta de segurança das crianças e alegadas agressões violentas por parte de estudantes mais velhos.

Junto aos portões da escola, entretanto reaberta pelos bombeiros, cerca de duas dezenas de pais de alunos protestavam contra a situação que se vive no estabelecimento de ensino, reivindicando mais segurança, nomeadamente policiamento, iluminação pública e auxiliares educativos.

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Elementos da PSP também marcavam presença frente à escola sem que tivesse havido necessidade de intervirem, embora alguns pais se mostrassem exaltados.

Apesar de a escola ter sido reaberta nem todos os pais deixaram as crianças ir às aulas, alegando que não vão deixar os filhos regressar à escola enquanto a situação não for resolvida.

Pais dizem que os problemas se mantêm e se agravam de dia para dia

Esta não é a primeira vez que os encarregados de educação dos alunos daquela escola a encerram devido aos mesmos problemas mas, segundo testemunhos de pais, os problemas mantêm-se e agravam-se de dia para dia.

Para os pais, uma das soluções para as agressões físicas, que na maioria ocorrem no recreio, podia passar por juntar os alunos do primeiro e segundo ano num determinado horário de recreio e noutro horário os do terceiro e quatro, onde estão alunos de 13 e 14 anos e que alegadamente são a causa dos problemas.

Alguns pais queixavam-se ainda que os miúdos mais velhos cercam os alunos mais novos, agredindo-os, e que «se roçam, inclusive nas casas de banho, pelas alunas como se quisessem abusar sexualmente delas».

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Alegam ainda os pais que a directora da escola conhece a situação «mas nada faz para a resolver».

A Lusa tentou contactar o director do Agrupamento de escolas Belém-Ajuda, que se recusou a prestar declarações, remetendo explicações para os pais dos alunos e para o Ministério da Educação, referindo apenas que as queixas estavam relacionadas com falta de segurança na escola.

«Não há condições para a escola estar aberta»

Em declarações à agência Lusa, Ana Paixão, mãe de duas crianças que frequentam o estabelecimento de ensino, disse que há agressões físicas dentro da escola, por vezes violentas, além de pais, professores e auxiliares que também já foram agredidos fisicamente.

Contou mesmo que o filho foi agredido quarta-feira, pelo que hoje se recusou a ficar na sala de aula e que um sobrinho já tinha sido agredido com um pontapé no testículo, que recolheu e provocou uma infecção.

«Não há condições para a escola estar aberta», disse, exaltada, acrescentando que a escola tem mais de 100 alunos e apenas dois auxiliares.

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Ana Paixão referiu «que há quem comente que esses três ou quatro alunos de 13 e 14 anos, que são de origem cigana, que consomem álcool e fumam drogas à noite e chegam à escola sem condições para frequentar as aulas».

Agressões graves

Nídia Alves, mãe de três crianças que frequentam o estabelecimento de ensino, uma das quais no jardim-de-infância, referiu que um dos filhos que frequenta o ensino básico, que é deficiente renal, foi agredido na cabeça e na boca e que se recusa a ir às aulas.

Acrescentou que a falta de segurança na escola é um problema antigo, mas que este ano «está pior».

Cerca das 10:30 chegaram à escola dois elementos de uma missão para a segurança do Ministério da Educação para se encontrarem com a directora da escola e se inteirarem da situação.

No final de uma curta visita à escola, um dos elementos, que não se identificou, disse que o Ministério da Educação está «atento a estas situações que infelizmente ocorrem em centenas de escolas».

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