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Bêbados, mas não muito

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Novo estudo britânico sobre consumo exagerado de álcool coloca Portugal a meio da tabela. Embriaguez é mais frequente em jovens com meio familiar saudável e com pais com estudos

O consumo de álcool de forma exagerada é um hábito para 18 por cento dos jovens universitários do sexo masculino e para nove por cento das portuguesas no ensino superior. Os dados são de um novo estudo realizado pela University College London que engloba informação de 21 países.

O documento, a que o PortugalDiário teve acesso, compila informação recolhida através de questionários feitos a mais de 17 mil homens e mulheres, elaborados com a colaboração de professores universitários de uma ou duas faculdades de cada país. As respostas são de jovens com idades entre os 17 e os 30 anos. Os inquéritos decorreram entre 1999 e 2001 e foram divulgados em Outubro deste ano.

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Os autores definiram o consumo exagerado de álcool, binge drinkers, como sendo a ingestão de cinco ou mais bebidas, para os homens e quatro para as mulheres, durante apenas uma ocasião, nas últimas duas semanas.

No ranking dos 21 países, os homens portugueses ocupam o 13º lugar, atrás de líderes no consumo como a Irlanda, a Bélgica, a Polónia e os Estados Unidos da América. Nos últimos lugares da tabela, com menos consumo exagerado, estão a Itália, a Grécia e a Alemanha.

Já as mulheres portuguesas estão dois lugares mais acima, na 11ª posição, com um registo de 9 por cento. O topo da tabela é ocupado pelas mulheres irlandesas, com 57 por cento, seguidas das holandesas, com 34 por cento, e das inglesas com 33 por cento.

A percentagem atingida pelas irlandesas é maior do que a registada nos homens irlandeses, que se ficam pelos 49 por cento, sendo, no entanto, os primeiros no consumo masculino.

Por que bebem os jovens?

O estudo elaborado pelo Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da Universidade Londrina procurou também respostas para o consumo exagerado de álcool. Algumas surpreendentes.

As probabilidades de consumo exagerado de álcool são maiores para os jovens que vivem longe de casa, em comparação com aqueles que ainda residem com os pais. Mais de metade, (64 por cento), dos inquiridos disseram que consideram pertencer à metade «mais saudável» dos seus países.

A maioria dos estudantes (71,7 por cento) considerou ainda que ambos os pais tinham educação, pelo menos, ao nível do ensino secundário. Os autores estabeleceram uma correlação com as respostas do consumo de álcool e concluíram que «beber muito» está associado viver longe de casa e a quem tem um passado saudável, sendo menos comum o consumo entre estudantes em que os pais tiveram menos estudos.

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