Mais de 60 ambientalistas de todo o mundo alertaram hoje para o perigo de guerras e distúrbios como consequência das alterações climáticas, assinalando o primeiro aniversário depois do desastre de Fukushima, no Japão.
«A luta contra a alteração climática tem que ser feita a nível mundial e de forma séria para evitar guerras e conflitos», defenderam num encontro na Alemanha, apelando à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que se vai realizar em junho, no Brasil, que discuta esta matéria «com seriedade».
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Numa declaração conjunta, os 65 ambientalistas galardoados de 30 países exigem a criação de programas para o desenvolvimento de energias alternativas e a proibição da especulação financeira sobre as matérias-primas.
De acordo com os ativistas, citados pela agência espanhola EFE, o aquecimento global pode gerar conflitos internos e entre países, sobretudo em vias de desenvolvimento.
«Como resultado da mudança climática e do abate de florestas em todo o mundo, há cada vez mais pessoas privadas de meios de subsistência e a pobreza e a fome aumentam significativamente», argumentaram os ambientalistas galardoados com diversas distinções internacionais.
O ecologista e político social-democrata Ernst Ulrich von Weizsächer realçou que «1.400 milhões de pessoas vivem em pobreza extrema» e «um sexto da humanidade está subnutrida».
«Esta situação vai agravar-se se a população mundial continuar a aumentar até aos previstos 9.000 milhões e se as alterações climáticas continuarem a afetar negativamente a culturas», declarou.
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