«Individualismo de Sucesso» é o novo curso do CHRIS (Centro de História e Relações Internacionais) leccionado por Luís Costa Ribas, jornalista da SIC, que viveu nos Estados Unidos durante mais de 20 anos.
Repartido por cinco sessões, e a decorrer até dia 17 de Novembro na Associação Comercial de Lisboa, Costa Ribas apoia-se na sua experiência norte-americana para partilhar com os alunos visões sobre o jornalismo e cultura.
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Em declarações ao PortugalDiário, Luís Costa Ribas aponta, para além das diferenças óbvias entre os dois países, o factor financeiro como um das principais condicionantes do que se faz em Portugal. «O dinheiro que se tem para fazer uma reportagem determina muito o que se vai fazer», afirmou o repórter sénior.
Como profissional, Luís Costa Ribas acredita que «é impossível Portugal fazer melhor jornalismo, porque fazemos um jornalismo sem dinheiro». «Nós temos talento, não temos é o dinheiro deles», explicou o jornalista, acrescentando ainda outro factor: o nosso mercado é bem mais pequeno. «Temos um mercado de 10 milhões de pessoas. Eles têm um mercado que é o mundo inteiro, pois praticamente todo o mundo fala inglês. E nós nem sequer podemos expandir para o Brasil, porque a nossa maneira de falar português não é aceite lá», comentou Luís Costa Ribas.
«Portugal é um país relativamente pequeno, um dos mais pequenos do mundo em população e área, enquanto a América é um dos maiores. Isto altera drasticamente a perspectiva sobre o mundo e a maneira como se vive o quotidiano», contou ao PortugalDiário.
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E porque existe sempre um outro lado da moeda, o jornalista confessa que, durante os 22 anos que viveu e trabalhou na América do Norte, a característica menos positiva é a existência de uma cultura da violência.
«Há demasiadas armas de fogo. Eles têm uma cultura de violência, da qual faz parte por exemplo, a pena de morte. E isto é, sem dúvida, o seu principal problema», contou.
Defensor da liberdade de expressão e do jornalismo de qualidade, Luís Costa Ribas lecciona, há 13 anos, seminários de jornalismo político em vários países, nomeadamente na África e na América Latina. Sobre a próxima sessão deste curso, «Individualismo de Sucesso», leccionada no sábado, o tema incidirá sobre a iniciativa privada, como motor da economia americana. No próximo dia 3 de Novembro, terá lugar uma discussão sobre o sistema judicial, à qual se seguirá o tema dos direitos do cidadão. Na quarta sessão, que decorrerá a 10 de Novembro, falar-se-á sobre relações institucionais, debatendo o relacionamento entre a Casa Branca, o Congresso, os tribunais e o papel dos lobbys, dos media e da opinião pública. A «cultura americana» será o último tema abordado pelo jornalista, que irá descrever o que aprendeu sobre a natureza popular da cultura americana e sobre a associação entre cultura e economia.
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