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Ministra da Saúde enfrentou queixas no Hospital de Gaia

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Utentes manifestaram insatisfação pelas horas de espera, mas Ana Jorge diz que a vontade é fazer cada vez melhor

Numa altura em que a questão das urgências hospitalares não é tão polémica como há três meses, a ministra da Saúde ousou enfrentar as queixas de pacientes que esperavam pela sua vez num dos serviços mais concorridos do país: o Centro Hospitalar de Gaia.

Aproveitando a presença para assinalar dois protocolos tendo em vista a construção do novo hospital, Ana Jorge fez uma inspecção sumária ao local, levando uma longa comitiva pelos corredores da urgência. Seria inevitável encontrar alguns utentes descontentes.

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«Estou há quase cinco horas à espera de uma consulta», referiu uma senhora, que se encontrava na sala de espera e que apelidou a situação de «caos». A verdade é que àquela hora, a meio da tarde, dezenas de pessoas aguardavam pela sua vez, sendo que o serviço apresentava uma elevada taxa de ocupação.

Pelo caminho, a ministra foi ouvindo queixas, quase sempre com os mesmos argumentos, sabendo-se que eram pessoas em situação frágil. «Têm de nos dar mais condições, porque somos nós que pagamos impostos», referia uma outra senhora, que não quis calar a sua indignação.

Ana Jorge ouvia, acenava e lidava com fair play, até porque ela própria é médica e estará algo habituada a certo tipo de queixas. «As críticas não me surpreenderam, tenho sensibilidade para elas e procuro encontrar respostas, mas a verdade é que não se pode solucionar todos os problemas de um dia para o outro», disse, mais tarde, aos jornalistas, não querendo referir-se aos casos concretos que foi ouvindo nos corredores momentos antes.

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Admitindo que ainda «há muito para fazer», não se cansou de elogiar o trabalho feito neste Centro Hospitalar, que, apesar de ser bastante antigo, soube «regenerar-se e encontrar soluções antes de uma alternativa real, que passará pelo novo hospital». «Queremos fazer o melhor, vamos fazendo aquilo que é possível, sempre com a ideia de que temos que fazer melhor, definindo novos desafios», vincou, até porque considera que «a insatisfação é o motor de desenvolvimento».

Espaço para os privados

Confrontada com as notícias de que nos próximos anos poderão surgir mais 25 estabelecimentos privados de saúde no país, a ministra aproveitou para destacar a necessidade de formar os médicos, tentando cativá-los para o Serviço Nacional de Saúde.

«Não temos nada contra o privado, temos é que desenvolver o público para que ele possa ser forte e competir com o privado», frisou, nunca perdendo de vista a concorrência saudável por parte dos privados: «É importante desenvolver os serviços para que eles possam reter os seus profissionais e acredito que é possível encontrar soluções para conseguir reter os melhores. A experiência diz-nos que, após terem colaborado com o sector privado, muitos deles acabam por regressar ao SNS, pois reconhecem a importância do trabalho em equipa».

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