A companhia aérea TAP, responsável por cerca de metade dos movimentos nos aeroportos portugueses, aconselhou hoje os passageiros com voos marcados para terça-feira a «alterarem o voo para outro dia, se possível», devido à greve dos pilotos, noticiou a Lusa.
Embora sem números precisos da adesão, o porta-voz da TAP manifestou-se convicto de que a greve vai ter «consequências gravosas» e que a operação da companhia aérea vai «ser muito afectada».
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«Por isso, aconselhamos as pessoas que têm viagem marcada para amanhã a mudarem para outro dia se for possível», referiu António Monteiro.
Também a companhia gestora dos aeroportos ANA admitiu a possibilidade de cancelamento de voos na terça-feira nos aeroportos portugueses, em consequência do início da greve de pilotos da aviação civil, que se prolonga, de forma interpolada até aos primeiros dias de Novembro.
Fonte da gestora de aeroportos afirmou não ter dados precisos sobre eventuais cancelamentos ou atrasos, mas admitiu que terça-feira será «um dia complicado» nos aeroportos.
Por isso, a ANA está a alertar os passageiros com viagens marcadas para terça-feira que se mantenham atentos às informações, disponibilizadas no site ou por via telefónica.
É que, «se houver cancelamento, os passageiros vão ficar à espera no aeroporto porque não temos qualquer informação, só podemos alertar os passageiros para estarem atentos aos seus voos», adiantou.
A possibilidade de uma elevada adesão à greve dos pilotos levou a ANA a admitir o encerramento da pista mais pequena das duas do aeroporto de Lisboa, para permitir o estacionamento de aviões de companhias estrangeiras, com chegadas marcadas para terça-feira.
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É que se a adesão à greve for muito elevada e muitos aviões permanecerem em terra, tal poderá dificultar o estacionamento de aparelhos de transportadoras estrangeiras.
«Ainda não está decidido, mas caso a adesão seja muito elevada, accionaremos essa medida», disse o porta-voz da ANA, garantindo que a limitação a uma pista não impedirá aterragens.
«Não irá haver cancelamentos de companhias aéreas estrangeiras», afiançou Rui Oliveira.
Só o aeroporto de Lisboa tem cerca de 400 movimentos (partidas e aterragens) diários, cerca de metade dos quais assegurados pela TAP.
Além da greve dos pilotos, convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil para 23, 25 e 27 de Outubro e 5,7 e 9 de Novembro, a actividade nos aeroportos vai ainda ser afectada por mais duas paralisações: a do pessoal de voo da aviação civil, a 28, 29 e 30 de Outubro e do pessoal de assistência em terra aos aviões da Groundforce.
No caso do «handling», a greve começa com uma paralisação total no período entre as 15:00 e as 17:30 de 26 de Outubro, ao que se seguirão períodos parciais até 31 de Dezembro.
A greve do pessoal de voo da aviação civil foi convocada pelo SNPVAC pela equiparação dos direitos dos trabalhadores da companhia aérea Portugália aos da TAP, que recentemente adquiriu a empresa regional.
A greve convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação foi motivada pelo aumento da idade da reforma para os 65 anos e pela alteração do valor das pensões.
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