Já fez LIKE no TVI Notícias?

Abandono: as desculpas dos donos

Relacionados

É Verão e tempo de férias. Mas é agora que começa a verdadeira «vida de cão»: são abandonados, esquecidos e acabam sós na rua. Há associações que cuidam deles, mas nesta altura estão à pinha. PDiário deixa-lhe a solução para não ter a consciência pesada

«O abandono de um animal é um acto cruel e degradante». É o que diz o artigo 5º da Declaração Universal dos Direitos do Animal. E com as férias à porta, o número de animais abandonados sobe exponencialmente.

Com o sol à porta, as responsabilidades e as preocupações são postas de lado e o que interessa é descansar, trabalhar para o bronze e sair com os amigos. Mas há responsabilidades que não podem ser ignoradas e os animais de estimação são uma delas.

PUB

Por mais campanhas que se façam, «há cada vez mais abandonos», disse a directora da Associação de Protecção aos Cães Abandonados (APCA), Natália Correia, ao PortugalDiário.

«O telefone não pára de tocar. Recebo 20 a 30 telefonemas por dia para entrega de cães», revelou a directora.

Quando se compra um animal de estimação é preciso pensar bem. É uma acção que, para além de exigir uma dedicação «para a vida», implica muitas despesas. «O país está em crise e a nível de cães também não está fácil», sublinhou.

«O canil está cheio»

A APCA é uma associação que tem boxes para guardar animais quando os donos vão de férias. O único problema é que «o canil está cheio» e «não há boxes vagas nem para hotel», disse Natália Correia.

Os preços variavam entre os cinco euros para sócios e os seis euros para não-sócios, e o serviço incluía alimentação e alojamento.

São só desculpas

Dos muitos telefonemas que recebem das pessoas que querem entregar animais, a associação faz uma triagem, pois são muitos os casos de abandono de animais.

PUB

As desculpas vão das alergias às ausências para o estrangeiro. Quem entrega os animais quase nunca diz que ele é seu. «Dizem que encontraram o animal na rua ou que era de um amigo», contou a directora da APCA.

Depois de recolhidos, os cães ficam fechados para se analisar o seu estado, são vacinados, desparasitados, esterilizados (no caso das cadelas) e, finalmente, partem para a adopção.

«Somos muito rigorosos na adopção», afirmou Natália Correia. «Têm que ter condições, espaço. Se for para o cão estar acorrentado ou fechado, não o damos para adopção», sublinhou.

PUB

Relacionados

Últimas