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PS quer criar 207 mil empregos e défice de 1,4%

António Costa garante que estas não são medidas eleitoralistas, mas sim "compromissos assumidos", "testados e avaliados nos seus impactos"

O documento prevê que medidas como a eliminação da sobretaxa do IRS até 2017, a redução temporária da Taxa Social Única (TSU) dos trabalhadores para a Segurança Social até 2019, os complementos salariais para trabalhadores mais pobres e a renovação das políticas de prestações sociais, por exemplo, impliquem menos 1,8 pontos percentuais de receita total, mas também menor despesa pública, em 3,5 pontos percentuais, graças às medidas substitutivas.

O PS apresentou esta quarta-feira os cálculos finais do programa eleitoral, comprometendo-se com a criação de 207 mil empregos e alívios da dívida até 118% e do défice até 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos quatro anos.

O secretário-geral socialista, António Costa, e o economista coordenador dos estudos, Mário Centeno, apresentaram " O Quanto, o Quando e o Como do Programa Eleitoral do PS", na sede nacional do partido, em Lisboa, garantindo tratar-se de "compromissos assumidos" e não "promessas", pois são "testados e avaliados nos seus impactos".

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"Promover o emprego e combater a precariedade, reforçar a coesão e combater as desigualdades, aumentar o rendimento disponível das famílias para relançar a economia e aliviar a asfixia dos mais pobres e da classe média, resolver os bloqueios de financiamento das empresas e dar prioridade ao investimento, inovação e internacionalização, e, por fim, um Estado forte inteligente e moderno", foram as cinco prioridades elencadas por Costa.

Entre as formas de compensar o aumento da despesa contam-se incentivos à contratação por redução das contribuições das empresas, penalizações às empresas que promovam a rotatividade excessiva de trabalhadores, imposto sucessório para heranças superiores a um milhão de euros, congelamento de pensões e consignação de quatro pontos percentuais das receitas de IRC.

Entre 2015 e 2019, os socialistas, caso sejam Governo, estimam que o défice passe de 3,2% do PIB para 1,4%, que a dívida pública desça dos 130,2% do PIB para 117,9% e que o próprio PIB tenha uma média de crescimento de 2,6%, ou seja, que evolua dos atuais 1,6% para 2,4%, no final da legislatura.

Dentro de quatro anos, ainda segundo o estudo do PS, a taxa de desemprego baixará dos 13,6% até 7,2%, num total de cerca de 207 mil empregos, com uma trajetória de menos 0,6 pontos percentuais já em 2016 e de menos 3,6 pontos percentuais em 2019.

Antes, o secretário-geral do PS tinha assegurado ter contas feitas aos compromissos eleitorais assumidos e acusou a coligação PSD/CDS-PP de preconizar " novas aventuras", de um "radicalismo ideológico", sobretudo na Segurança Social.   

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