As gémeas Carolina e Ana Salgado, o ex-namorado da antiga companheira de Pinto da Costa, Paulo Lemos, bem como a professora que escreveu o livro «Eu, Carolina», Maria Fernanda de Freitas, vão ser ouvidos esta sexta-feira como testemunhas no âmbito do processo Beira-Mar/FCP que se encontra em fase de instrução, no Porto.
A sessão irá decorrer na 7ª Vara Cível do Porto, começando às 10 da manhã com a audição da antiga namorada do presidente do FCP e prolongando-se pela tarde com a inquirição das restantes testemunhas.
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Recorde-se que Pinto da Costa foi acusado pelo crime de corrupção desportiva activa no processo relativo ao jogo Beira Mar/Futebol Clube do Porto.
Os depoimentos de Carolina Salgado foram decisivos para a acusação do processo, nomeadamente, quando referiu ter visto Pinto da Costa entregar um envelope com 2500 euros em dinheiro ao árbitro Augusto Duarte, aquando da visita deste à sua casa.
Irmãs com versões contraditórias
Enquanto Carolina Salgado afirma ter presenciado a entrega de um envelope com 2500 euros ao árbitro Augusto Duarte, a 16 de Abril de 2004, antevéspera do jogo, a irmã Ana Maria assegura que Carolina lhe terá confessado que «não conseguiu ouvir grande coisa e que não podia garantir ter sido entregue qualquer envelope».
Também o ex-namorado Paulo Lemos e a professora que redigiu o livro «Eu, Carolina» estão incompatibilizados com a antiga companheira de Pinto da Costa, tendo já prestado declarações, em vários processos, contraditórias com as versões da testemunha.
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Além do presidente do FCP, foram ainda acusados o empresário António Araújo (corrupção desportiva activa) e o árbitro Augusto Duarte (corrupção desportiva passiva).
A acusação sustenta que o empresário António Araújo terá levado o árbitro Augusto Duarte ao encontro do presidente do FCP, na casa deste último, em Gaia, a dois dias da penúltima jornada que culminou com o título de campeão nacional para os azuis e brancos. Uma visita que alegadamente se destinava a aliciar o árbitro a beneficiar o FCP.
Pinto da Costa requereu a abertura da instrução, uma fase destinada a apreciar a decisão de levar o caso a julgamento.
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