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Carolina não chantageou Mourinho

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Equipa que investiga Apito Dourado concluiu que não há provas de extorsão para retirar «estória» do livro «Eu Carolina». Também não encontrou indícios de consumo de droga. E arquivou o processo. Acusações feitas por irmã gémea caem por terra. Carolina diz que «verdade começa a vir ao de cima». Morgado vai processar irmã

A equipa de investigação do Apito Dourado arquivou um inquérito aberto a Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa, por não ter encontrado qualquer indício de que consumiu drogas ou induziu outros a fazê-lo, disse hoje fonte judicial.

O despacho de arquivamento, a que a Lusa teve acesso, concluiu também que não há qualquer prova de que Carolina teria exigido dinheiro a José Mourinho para retirar do livro «Eu Carolina» um relato que envolvia a vida pessoal do treinador de futebol.

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«A verdade começa a vir ao de cima», afirmou Carolina Salgado, em declarações à Lusa, lamentando que haja quem se preste a dizer «mentiras» a seu respeito, manifestando-se «satisfeita» com a decisão judicial.

O inquérito teve como base o livro «Luzes e sombras de um Dragão», escrito pelas jornalistas Felícia Cabrita e Ana Sofia Fonseca, onde - sublinha-se no despacho da equipa de Maria José Morgado - «se relatavam factos susceptíveis de consubstanciar crimes públicos», nomeadamente o de consumo e tráfico de drogas.

Baseava-se ainda em declarações de Ana Maria Salgado - irmã gémea de Carolina - sobre um alegado crime de extorsão por parte de Carolina Salgado a José Mourinho ao exigir-lhe dinheiro para não publicar uma «estória» que o envolvia.

O inquérito, que envolveu a audição de várias testemunhas, entre elas Paulo Lemos, concluiu não haver «quaisquer indícios de que Carolina Salgado consumisse drogas ou tivesse fornecido cocaína a Rui Passeira para que este consumisse».

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Nos autos consta que Rui Passeira se escusou a prestar declarações, enquanto que Paulo Lemos - que já havia afirmado o contrário noutras ocasiões - disse «nunca se ter apercebido de que Carolina tivesse fornecido cocaína a Rui Passeira», frisando que apenas sabia o que lhe tinha sido dito.

Concluiu-se, assim, não haver «os elementos probatórios» necessários para fundamentar uma acusação contra Carolina Salgado e Rui Passeira por aqueles crimes.

No que toca à suposta extorsão a José Mourinho, a equipa de Coordenação do Processo Apito Dourado ouviu o responsável editorial da editora «D. Quixote», Juan António Mera Bujan, o qual garantiu que "a omissão das referências no livro «Eu Carolina» a José Mourinho resultou da iniciativa da própria editora que propôs a Carolina Salgado a sua retirada.

A editora considerou que «tal passagem não se enquadrava no contexto editorial do livro, facto que foi de imediato aceite por Carolina Salgado, que aceitou pacificamente a situação não colocando quaisquer entraves».

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O arquivamento ficou assim a dever-se a «não terem sido obtidos - para além do que foi dito por Ana Maria Salgado - quaisquer outros elementos que lhes viessem trazer fundamento».

O inquérito abrangeu ainda uma terceira questão, também arquivada, a de se saber se o médico Fernando Póvoas teria prescrito medicamentação, em doses excessivas, a Carolina Salgado, pondo em risco a sua saúde, o que não se confirmou.

O facto vinha descrito no livro de Carolina, mas os investigadores decidiram que o clínico não violou as regras e deveres da sua profissão.

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