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Face Oculta: Godinho era o «pedreiro», Vara criou rede de contactos

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Ministério Público fundamenta a sua acusação e explica a teia de interesses

Aos poucos, vão-se conhecendo mais pormenores da acusação do Ministério Público de Aveiro no processo «Face Oculta». Segundo a TVI conseguiu apurar, os investigadores consideram o sucateiro Manuel Godinho como «o engenheiro, arquitecto e pedreiro» do esquema criminoso. Armando Vara, por seu lado, criou uma rede de contactos para facilitar os negócios.

Recorde-se que o MP decidiu levar a julgamento Armando Vara, José e Paulo penedos, bem como Godinho. Ao todo são 36 arquidos. Em causa estão crimes de corrupção, associação criminosa, furto qualificado e tráfico de influências, com penas até oito anos de prisão.

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Armando Vara, ex-ministro socialista e antigo número dois do BCP, vai responder por três crimes de tráfico de influências. Diz a acusação que «fruto das funções ministeriais, políticas e bancárias» criou «uma extensa teia de contactos» capaz de determinar as decisões de empresas públicas e privadas.

José Penedos, ex-presidente da Redes Energéticas Nacionais (REN) está acusado de dois crimes de corrupção e dois de participação económica em negócio. Paulo Penedos, filho de José Penedos, advogado, está acusado de um crime de tráfico de influências.

À cabeça desta gigantesca rede, Manuel Godinho, o sucateiro de Ovarm, sobre quem recai o maior número de acusações: 60, entre corrupção, tráfico de influência, furto, burla e associação criminosa.

Os investigadores acreditam que este empresário das sucatas é «o arquitecto, engenheiro e pedreiro do esquema criminoso», conseguindo contratos na área da recolha de resíduos através do pagamento de luvas a altos responsáveis de empresas públicas e participadas plo estado.

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Para julgamento seguem também quadros da Refer, EDP Imobiliária e Galp e um chefe de repartição de Finanças. Uma teia impressionante de ligaçõesa a que não escapam funcionários, familiares e duas das empresas do sucateiro de Ovar.

O MP não tem dúvidas do dinheiro e prendas que fazia circular para pagar favores. A acusação refere que Paulo Penedos recebeu 490 mil e 500 euros, Armando Vara 25 mil e outros arguidos receberam Mercedes, BMW ou Audis.

Os arguidos têm agora 20 dias para rebater a acusação. Para Manuel Godinho, único arguido detido, o Ministério Público pede que se mantenha a prisão preventiva.

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