Pela identidade fornecida às autoridades portuguesas do homem suspeito de perpetrar o atentado à bomba em Marraquexe, este não esteve preso em Portugal, ao contrário do que foi noticiado, disse à Lusa fonte policial.
«Neste momento, pela identidade que foi fornecida, nada consta, nem esteve preso em Portugal», garantiu a fonte, dizendo, contudo, que há que averiguar se tal suspeito do atentado contra o café Argana não esteve preso mas com outra identidade, eventualmente falsa.
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Seja como for, precisou a fonte à Lusa, não se confirma que o alegado terrorista tenha estado detido em Portugal.
«Estamos a diligenciar e a solicitar melhores elementos» para esclarecer o assunto, revelou a fonte, que também não exclui, no entanto, a possibilidade de o suspeito ter estado detido administrativamente, ao nível do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ou por infracção ao Código da Estrada.
Portugal tem um acordo de cooperação quadripartido com Marrocos, Espanha e França para áreas como terrorismo, tráfico de estupefacientes e tráfico de pessoas, tendo representantes destes países estado reunidos em finais do ano passado em Sevilha, Espanha.
Confrontado com a recente morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, numa localidade no norte do Paquistão e com eventualidade de haver retaliações, a fonte admitiu que Portugal está um «bocadinho mais alerta» em resultado disso, mas «nada que deva preocupar as pessoas».
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Anteriormente, o ministro do Interior marroquino, Taieb Cherkaui, havia dito que o presumível autor material do atentado contra o café Argana em Marraquexe, que foi preso em Marrocos, já tinha estado detido em Portugal por tentativa de união a grupos terroristas islâmicos.
Segundo o ministro do Interior de Marrocos, o presumível autor do atentado também esteve detido na Líbia e na Síria.
No atentado de 28 de Abril em Marraquexe resultaram 16 mortos, incluindo um português e oito franceses.
Numa conferência de imprensa, Cherkaui disse que os dois colaboradores do presumível autor também tinham estado detidos na Líbia e sublinhou que os três residem em Safi, a cerca de 150 quilómetros a leste de Marraquexe, mas não especificou as identidades.
Entretanto, o ministro da Comunicação e porta-voz do Governo marroquino afirmou esta sexta-feira que «o autor do atentado foi detido» e precisou que o mesmo estava ligado ao movimento da Al Qaeda na região.
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