O número de atropelamentos tem vindo a descer mas, nem por isso, os números são menos assustadores. Entre Janeiro e Agosto deste ano, foram atropeladas mais de quatro mil pessoas, o que equivale a dizer mais de 16 pessoas por dia. Os dados são da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária que contabiliza 74 vítimas mortais e mais de 390 feridos graves nestes oito meses.
Em 2006, dos 850 mortos nas estradas portuguesas, 137 circulavam a pé. Estima-se que cerca de 60 por cento destes tenham sido colhidos nas principais cidades do país, com especial incidência para Lisboa e, sobretudo, em passadeiras.
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Refira-se também que a maioria das vítimas tinha mais de 65 anos. Aliás, segundo este estudo sobre segurança rodoviária, quem morre muitas vezes são idosos que estão a atravessar passadeiras. E a maior parte dos atropelamentos ocorre nas vias mais movimentadas.
Lisboa é, de longe, o distrito onde os atropelamentos com vítimas são mais frequentes, com 1065 casos registados entre Janeiro e Agosto deste ano. No Porto, registaram-se 681 e no distrito de Setúbal 317 atropelamentos.
Nos últimos três anos, os atropelamentos com vítimas em Lisboa têm aumentado, é, aliás, o distrito onde mais pessoas ficam feridas com gravidade na sequência de atropelamento. Ainda assim, continua a ser o Porto que lidera em termos de vítimas mortais.
Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), nos primeiros oito meses do ano morreram 15 pessoas atropeladas no Porto, mais quatro do que em Lisboa e mais cinco do que em Aveiro, o terceiro distrito com pior registo deste tipo de mortalidade.
Apesar destes números envergonharem, analisando os totais nacionais nota-se uma tendência de diminuição das vítimas de atropelamentos: em 2005 registaram-se 6675, número que baixou para 6401 no ano passado.
Este ano já foram contabilizadas 4003 vítimas deste tipo de acidentes até Agosto, menos 37 do que em igual período do ano passado e menos 185 do que as que estavam contabilizadas em Agosto de 2005.
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