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Organizações ambientais avisam Barroso

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Ambientalistas alertam para impacto ambiental de construção de 12 novas barragens

Organizações Não Governamentais do Ambiente (ONGA) alertam, no Dia Mundial da Água, o presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para o impacto da construção de 12 novas barragens na qualidade e quantidade dos ecossistemas aquáticos, escreve a Lusa.

Os ambientalistas, em carta enviada a Durão Barroso, reconhecem os aspectos positivos da energia hidroeléctrica, mas apontam «danos significativos nos cursos de água» e desvalorizam o impacto na redução das emissões para a atmosfera.

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O Programa de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNBEPH) visa aumentar o potencial hidroeléctrico do país para 7000 MW, o que representa um acréscimo de 2000 MW até 2020 para reduzir a dependência energética de Portugal, diminuir as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e, por último, visando cumprir a meta europeia de atingir 20 por cento de produção de energia a partir de fontes renováveis até 2020.

Mas os ambientalistas não vêm apenas os aspectos positivos destes empreendimentos, detectando vários problemas para a natureza.

Em comunicado, o presidente da Liga para a Protecção da Natureza Eugénio Sequeira explica que «os planos de construção de 12 novas barragens serão responsáveis por danos significativos em alguns cursos de água naturais».

Este ambientalista acusa o Governo de ter «fracassado na avaliação dos impactos ecológicos» e de não ter apresentado soluções alternativas mais efectivas a nível de custos e impactos ambientais tais como a «microgeração, a expansão da energia solar ou a redução dos consumos».

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Estas organizações ambientalistas afirmam que o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável Português (BCSD Portugal) estimou que o País tem potencial para poupar até 40 por cento do seu actual consumo energético através da gestão de procura.

No entanto, afirmam, o Governo em vez de se concentrar em soluções de implementação «simples» opta por investir um bilião de euros num Programa de Barragens, cuja produção de electricidade é equivalente a 3,3 por cento da energia consumida em Portugal e que apenas diminui em um por cento a emissão de gases com efeito de estufa.

Estes ambientalistas denunciam a ausência de uma avaliação «correcta» sobre os impactos negativos da implementação deste programa e os benefícios decorrentes da não construção.

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