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Rogério Alves responde a Júdice: «É irrelevante»

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Bastonário da Ordem dos Advogados não gostou das palavras do colega

O ainda bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Rogério Alves, considerou «isolada, inquinada, irrelevante» a opinião de José Miguel Júdice sobre o seu trabalho à frente daquela entidade nos últimos três anos, informa a agência Lusa.

Júdice, que foi objecto de um processo disciplinar na OA em que foi condenado com uma censura com advertência, prometeu «desde então, em múltiplas declarações públicas, que não entrava mais na Ordem», recordou o ainda bastonário. Ora, segundo Rogério Alves, quem «não gosta dos titulares de cargos na Ordem é o juiz menos habilitado a fazer qualquer opinião» sobre ela.

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Em causa estão declarações recentes de José Miguel Júdice, nas quais este sustentou que Rogério Alves «foi o fracasso absoluto», que "fracassou em todos os programas que podiam ter evitado a eleição de António Marinho» como futuro bastonário da OA e que se «portou sem dignidade», «mentiu» e «conspirou». Júdice afirmou ainda que Rogério Alves tinha utilizado entrevistas enquanto bastonário para, ao lado dos problemas de justiça, ter falado «nos problemas dos seus próprios clientes».

Rogério Alves considera que estas palavras, «em primeiro lugar, só espelham a qualidade da pessoa que as profere - e talvez ajudem a compreender a razão porque foi sancionado pela Ordem». E acrescenta: «Isto, naturalmente, é como um condenado a julgar um tribunal: não faz nenhum sentido».

O bastonário ainda em funções conclui que a apreciação de Júdice «está inquinada pela raiva, o ódio, que tem a todos os titulares de cargos da Ordem» e a si «particularmente».

Para Rogério Alves, José Miguel Júdice «terá protagonizado o momento mais infeliz de uma intervenção pública de um bastonário ao longo de 80 anos... mas a uma larga distância do segundo momento mais infeliz». Quanto às acusações à sua pessoa, Rogério Alves disse que as vai analisar e que, «obviamente, serão tratadas no sítio próprio onde deverão ser tratadas, que é nos órgãos próprios da Ordem dos Advogados».

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Apoio a Marinho Pinto

Rogério Alves diz, ainda, estar disponível para trabalhar ao lado do seu sucessor, o recém-eleito António Marinho Pinto, apesar das divergências existentes entre ambos.

«Ele pode contar comigo e sabe que eu não serei um factor de instabilidade, de crítica, antes pelo contrário», afirmou, acrescentando: «Procurarei ser factor de agregação, procurarei ajudá-lo quando e se ele me pedir, procurarei aconselhá-lo na medida em que ele pretenda que eu o aconselhe. Procurarei transmitir-lhe o máximo da minha experiência para que ele possa, na medida em que o queira, beneficiar dela. Portanto, ele contará com a mais absoluta lealdade da minha parte».

Assegura, aliás, ter uma «magnífica relação pessoal» com Marinho Pinto, «que não foi em nada tocada pelas divergências» que têm «em relação à Ordem, ao relacionamento com os magistrados ou à abordagem dos problemas de formação». E salientou que também há assuntos em que estão de acordo.

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