Lisboa recebeu esta terça-feira o Papa Bento XVI entre muito curiosos e mais ou menos católicos. Há quem leve a passagem de Bento XVI como um momento solene, mas há quem venha só para fotografar. A chegada de Sumo Pontífice ficou marcada pelas medidas de segurança que cortaram, mas não bloquearam Lisboa. A enchente esperada não aconteceu, mas a justificação parece simples: «O Papa não é uma figura de marketing».
Veja aqui as fotos da visita do Papa
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Uma Avenida da República a meio gás para uma visita esperada, mas não ansiada¿ pelo menos pela maioria que esta manhã preencheu as laterais das principais avenidas de Lisboa. Por entre as barras de segurança, poucos ali estavam desde manhãzinha sentados guardar lugar e muitos eram aqueles que aproveitaram o corte de trânsito e a azáfama para mais cedo largar o trabalho e de telemóvel na mão registar o momento em que o Papamóvel hes cruzava o caminho.
«O chefe mandou parar o trabalho para vermos o Papa»
É por entre estas pessoas que encontramos Ricardo Morais, gestor, de 32 anos, «Sim larguei o trabalho, mas mais logo vou estar no Terreiro do Paço». Questionado sobre a pouca afluência às ruas de Lisboa, o católico praticante explica: «O Papa não é uma figura de marketing. Não estamos a eleger uma figura pública. O Papa representa a linha sucessiva de São Pedro». Quanto à mensagem que Bento XVI traz a Portugal diz: «É uma mensagem de reforço. Portugal é um país católico e precisa de ser relembrado de qual é a sua génese».
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Ricardo é um homem de fé com fato e gravata. Mas entre a movimentada Lisboa os fatos e gravatas que se vêem é de quem foi apanhado na confusão e é obrigado a fazer um compasso de espera até conseguir seguir caminho. «Viemos trabalhar e agora não podemos seguir caminho», conta ao tvi24.pt Miguel Santos Silva, empresário, que com boa disposição diz que encara os constrangimentos causados pela visita papal.
«Sem organização, é sempre a mesma coisa!!»
Ao inicio da manhã na Avenida da República quase não se dava pela visita de Bento XVI, mas com o aproximar da hora, os devotos e os curiosos começa a formar filas junto à estrada. Mas é a polícia que dita as ordens e tenta controlar as centenas de fotógrafos improvisados que se juntam aos profissionais.
A PSP, confundida com tanto aparato, chega mesmo a dar ordem para que a multidão se chegue mais próximo da estrada, perdem-se lugares assegurados desde as nove da manhã e avança-se para depois voltar a recuar a nova ordem das autoridades.
«Sem organização, é sempre a mesma coisa!!», ouve-se por entre a multidão impaciente que mais do que rezar ou saudar Bento XVI quer apenas registar para sim a vinda do Papa a Lisboa.
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