A 25 de Novembro de 2002, Carlos Silvino foi detido por suspeitas de abuso sexual a alunos da Casa Pia. A 25 de Novembro de 2004, dois anos depois, começou o julgamento do maior escândalo sexual já mais visto no país. A 25 de Novembro de 2005 cumpre-se um ano de audiências e Carlos Silvino "conquista a liberdade" por ter esgotado o tempo máximo de prisão preventiva previsto na lei.
Durante o último ano foram ouvidas 24 testemunhas/vítimas e três arguidos - Carlos Silvino, Carlos Cruz e Manuel Abrantes. Também Catalina Pestana, provedora da Casa Pia, e Pedro Namora, ex-casapiano estiveram em tribunal a prestar declarações.
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Carlos Cruz, Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Hugo Marçal, Ferreira Diniz, Gertrude Nunes e Carlos Silvino continuam no banco dos réus.
Ao fim de vários meses de julgamento, em Maio de 2005, é ouvida a primeira testemunha. Um jovem que apenas acusa Carlos Silvino. Até ao momento 24 alunos e ex-alunos passaram pela sala do tribunal. Mas ainda faltam. São 32 vítimas no total.
Foram visitados três locais onde os jovens referiram ter sido abusados sexualmente: a provedoria da Casa Pia, um apartamento na Avenida das Forças Armadas e a moradia de Elvas. No dia em que o processo faz um ano, o tribunal marcou uma diligência ao Teatro Vasco Santana, em Lisboa.
O julgamento passou também por três tribunais diferentes: o tribunal na Boa Hora, o tribunal Militar em Santa Clara e o tribunal de Monsanto, onde se encontra actualmente. Todavia, não deverá ficar por aqui e espera-se nova mudança.
Muitas perguntas, muitas respostas, muitos requerimentos. Muitas sessões, 112 até agora.
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Quase dois anos depois o requerimento do Ministério Público quanto à não pronúncia de Paulo Pedroso, Herman José e Francisco Alves teve resposta. Há poucos dias, o Tribunal da Relação de Lisboa deu razão à juíza de Instrução Criminal e considerou que os suspeitos não deviam ir a julgamento. Mas um novo requerimento pode levar esta decisão «à estaca zero».
Liberdade para o único arguido detido
25 de Novembro de 2005 não representa apenas um ano de julgamento. Carlos Silvino saiu em liberdade na madrugada de sexta-feira, após ter cumprido o tempo máximo previsto por lei em prisão preventiva.
«Bibi» vai para casa, mas fica com segurança 24 horas por dia da PSP, um pedido feito pelos seus advogados que sempre mostraram preocupação quanto à sua integridade física e possíveis pressões ou ameaças.
Acusado de 604 crimes, Silvino está preso preventivamente na Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária de Lisboa desde 25 de Novembro de 2002.
A juíza que preside ao colectivo, Ana Peres, decidiu que Carlos Silvino não se poderá ausentar do país nem da sua área de residência e ficará sujeito a apresentações periódicas junto das autoridades.
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Carlos Silvino volta assim à sua casa, no Bairro camarário de Santos, em Lisboa.
Um ano depois do julgamento ter começado, o PortugalDiário aponta as datas e acontecimentos mais marcantes do julgamento mais mediático de sempre.
[Leia a seguir Os dias de um processo]
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