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Sabe andar de bicicleta?

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Em 2007 registaram-se 1439 acidentes, nas estradas, com velocípedes

Os números da sinistralidade envolvendo bicicletas são ainda reduzidos, mas com a procura crescente deste meio de transporte, os acidentes podem também aumentar. Respeitar quem circula nos velocípedes é assim uma das regras fundamentais de segurança, escreve a Lusa.

Em 2007, segundo as estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária registaram-se 1439 acidentes com velocípedes: 41 vítimas foram atropeladas, 1220 sofreram uma colisão e 178 despistaram-se.

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Por enquanto, as bicicletas representam apenas 3 por cento dos veículos intervenientes em acidentes, mas o valor pode aumentar já que são cada vez mais os que recorrem a este meio de transporte nas suas deslocações diárias.

Volta a Lisboa em bicicleta disponível em 2009

Para o presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), José Manuel Caetano, o principal problema prende-se com o desrespeito dos condutores e a velocidade excessiva a que se circula nas estradas portuguesas.

«É uma guerra civil nas cidades. O que é preciso é acalmar o tráfego e meter os condutores na ordem», salientou este responsável.

Embora a principal faixa etária dos utilizadores de bicicleta se situe no escalão etário dos 18 aos 40 anos, os mais velhos e os mais novos são as principais vítimas de acidentes, representando quase metade da sinistralidade com velocípedes (676).

30 vítimas morreram

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Entre estas, 311 vítimas tinham menos de 14 anos, 177 entre 15 e 19 anos e 188 tinham mais de 65.

Trinta destas vítimas morreram e 98 ficaram gravemente feridas, sendo o número de vítimas mortais mais elevado entre as pessoas com mais de 60 anos. Os feridos graves registaram-se sobretudo entre as crianças com idade inferior a 14 anos (29) e nos jovens entre os 15 e 19 (15 feridos).

José Manuel Caetano justifica os números com a apetência dos mais novos pelo risco: «Os miúdos não fazem uma utilização normal e regular da bicicleta. São mais irrequietos».

Mudar comportamento dos condutores

Mas o presidente da FPCUB descarta o uso de capacete como forma de aumentar a segurança dos ciclistas, excepto entre os menores de 14 anos.

«Muitos dos nossos associados que morreram levavam capacete. A nossa preocupação não é o capacete para deslocações urbanas, que até pode ser um factor desmotivador. É preciso é mudar o comportamento dos condutores», defendeu.

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A moda das bicicletas tem também conquistado as autarquias que têm aumentado o número de vias dedicadas a esta prática. «Muitas câmaras estão a substituir as rotundas pelas ciclovias», afirmou José Manuel Caetano, deixando um alerta para as insuficiências de algumas estruturas.

Tem carta de bicicleta?

Os amantes dos velocípedes já podem «tirar a carta» em cursos de condução que ensinam regras básicas do equilíbrio, a quem se estreia nas duas rodas, e ajudam os praticantes regulares a circular melhor nas cidades.

A «Cenas a Pedal» é uma das empresas que pretende preparar qualquer pessoa para «andar de bicicleta e a circular na estrada, interagindo com o tráfego de forma segura», qualquer que seja a idade ou o nível de habilidade.

O curso, lançado em Junho, baseia-se no modelo inglês de condução de bicicletas e é desenvolvido na estrada em cenários reais de tráfego. «Temos tido boa receptividade», garantiu a sócia-gerente da empresa, Ana Pereira.

«Inicialmente vieram mais pessoas que não sabiam andar», mas «agora estamos a aprofundar a formação de pessoas que querem ir para a estrada», acrescentou.

Também os cursos promovidos pela «Pedalnature» têm tido bastante procura. «Os cursos começaram por ser dirigidos para crianças, mas actualmente cerca de 90 por cento das pessoas que nos procuram são adultos com mais de 30 anos», disse à Lusa o gerente e formador desta empresa, Rui Prata.

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