A indisciplina e violência escolares podem ser combatidas com uma “radical estratégia de valorização da escola pública”, que envolva alunos, pais, professores e funcionários, defendeu o coordenador do Grupo de Trabalho de Indisciplina em Meio Escolar, na mesma semana em que é conhecido que uma criança foi atada a um poste e despida no recreio escolar.
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Depois de quatro meses em que visitaram escolas e ouviram especialistas, o grupo de trabalho criado no parlamento apresenta, na quarta-feira, na Assembleia da República, as suas primeiras conclusões sobre indisciplina e violência escolar.
“Este é um problema que não pode ter uma abordagem criminal. É preciso pensar de uma forma mais global e não podemos deixar nenhuma dimensão da escola por tratar. Nós (diferentes partidos políticos) estamos todos de acordo no que toca à necessidade de uma radical estratégia de valorização do espaço público”, disse à Lusa o deputado socialista e coordenador do grupo de trabalho, Rui Pedro Duarte.
“Não podemos deixar a escola com escassos recursos abandonada à sua boa sorte”, concluiu o responsável, salientando que as conclusões do grupo de trabalho ficarão inscritas no relatório que será feito em breve e que terá recomendações aos grupos parlamentares.
Para Rui Pedro Duarte, “há uma dimensão da vida do dia-a-dia da escola que não está a ser tratada por ninguém. Do lado da tutela há uma ausência de estratégia de combate à indisciplina escolar”, relata a Lusa.
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