Médicos em regime de exclusividade para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) burlaram o estado ao duplicar os vencimentos. Isto porque os médicos trabalhavam para o Estado e para empresas de serviços.
Ao todo foram identificados 22 casos de fraude. As irregularidades detectadas pela Inspecção-geral de saúde, reveladas pelo «Diário de Notícias» esta segunda-feira, levaram à instauração de 14 processos disciplinares. As consequências podem ir de repreensão até ao despedimento. Os médicos deverão ter de devolver todo o dinheiro que receberam.
PUB
«Mão firma»
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou já a «atitude fraudulenta» de médicos e pediu «mão firme» para com estes profissionais.
«Nada justifica ou desculpa uma atitude fraudulenta», refere o comunicado do SIM, com o título «Casos de Polícia».
Para o sindicato, estes médicos pretendiam «o melhor de dois mundos; um trabalho remunerado e exclusivo com o Estado e uma perninha nuns biscates».
«A um médico, por acrescido dever ético e deontológico, exige-se um cumprimento das regras legais. A um Governo, e às suas entidades inspetivas, exige-se mão firme para os que mancham o nome da classe médica com atitudes fraudulentas», adianta a nota.
PUB