O realizador João Botelho queria fazer um «film noir à imagem dos de série B norte-americana dos anos 1940». «Corrupção» é em parte isso, e é por isso que mesmo não estando assinado se pode dizer que é um filme de João Botelho.
«É esteticamente bonito. Achei que a fotografia estava fantástica. Conseguiu ser um género de film noir. Conta uma história e as personagens estão bem conseguidas», disse a actriz Paula Lobo Antunes, que tem uma pequena participação em «Corrupção», ao IOL Cinema no final da antestreia.
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Mas depois vem a outra parte. O filme tem ritmo - uma hora e trinta minutos passam depressa -, mas em certas alturas a banda sonora não joga com a imagem. Como seria a versão de João Botelho com a qual o produtor Alexandre Valente não concordou? Seria um filme muito diferente?
«Talvez esta seja uma versão mais imediata. A versão do João está cheia de simbolismos», disse António Pedro Cerdeira, o inspector «Luís» no filme, ao IOL Cinema mesmo no final da exibição.
Para quem leu o livro de Carolina Salgado, «Eu, Carolina», «Corrupção» não traz nada de novo. O que o livro revela - os níveis a que chegam os tentáculos dos senhores do futebol - está no filme.
«Espero que o público entenda e perceba o filme e vamos ver se agora os media vão continuar a ser controlados. Depois de verem o filme têm uma noção melhor, mais precisa, exacta. Nada que já não soubessem», disse Carolina Salgado aos jornalistas no final da exibição.
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