O Ministério Público vai reenviar as cartas rogatórias relativas ao «caso Maddie», depois de «as entidades inglesas terem levantado interrogações à Eurojust», referiu ao PortugalDiário fonte da Procuradoria Geral da República (PGR). A diligência tinha sido solicitada via Eurojust para ser cumprida no Reino Unido. O objectivo é inquirir os casais amigos dos McCann, que com eles passaram férias na Praia da Luz.
As cartas rogatórias «serão reenviadas através da cooperação judiciária da PGR», referiu a mesma fonte, acrescentando que «a Procuradoria Geral da República tenta assim resolver um problema que não criou e a que é alheia».
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Contactado pelo PortugalDiário, o presidente da Eurojust, o procurador-geral adjunto Lopes da Mota, explicou que os magistrados portugueses e ingleses do Eurojust trabalharam em conjunto na preparação da carta rogatória.
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«As dúvidas das autoridades inglesas surgiram no âmbito da preparação das cartas. O Reino Unido podia ter aceite as rogatórias, mas houve necessidade de aperfeiçoar alguns aspectos».
Concluído o trabalho, «as cartas serão remetidas pela autoridade central portuguesa (PGR) para a autoridade inglesa», neste caso o «Home Office», equivalente ao nosso Ministério da Administração Interna.
A carta rogatória é um pedido dirigido às autoridades judiciais de outro país para que realize diligências necessárias à investigação. Por seu lado, a Eurojust é o órgão europeu de cooperação judiciária em matéria penal, no domínio da criminalidade grave e organizada de natureza transnacional.
O magistrado recusou adiantar o teor das dúvidas levantadas pelas autoridades inglesas, bem como se as rogatórias se destinam a ouvir única e exclusivamente os amigos dos McCann.
Maddie desapareceu da Praia da Luz, a 3 de Maio do ano passado. Além do luso-britânico, Robert Murat, também Kate e Gerry McCann foram constituídos arguidos no processo.
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