A clínica de Lagoa onde foram operados quatro doentes que agora correm o risco de cegar não tinha bloco operatório e nem previa ter. Isto, apesar de realizar cirurgias em ambulatório há vários anos.
De acordo com o jornal «Público», a clínica nasceu de uma loja com 161 metros quadrados e a intenção do responsável era juntar duas lojas do parque Empresarial de Lagoa. O projecto apresentado pela clínica na Câmara de Lagoa, em finais de 2009, previa dois gabinetes de consulta, uma sala de consulta/tratamento e uma sala de tratamento e estética. O projecto passaria também por ter uma sala de esterilizados e uma sala de resíduos, bem como uma casa de banho para pessoas com acessibilidade reduzida.
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O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) e o presidente do Colégio de Especialidade de Oftalmologia da OM confirmam que, para realizar as operações que realizava, a clínica era obrigada a ter um bloco operatório ou uma sala dedicada a cirurgias. Essa sala devia ter características únicas como não ter janelas, ter ar condicionado filtrado e ter pisos e paredes facilmente laváveis.
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