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Algarve precisa do dobro dos médicos atuais

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Aumentou o número de internamentos de idosos por desidratação

Questionado sobre quantos médicos seriam necessários para fazer frente a situações deste género, o presidente do conselho de administração disse que, “não só por este tipo de circunstâncias, mas pela região” seria preciso “um número muito significativo de médicos, superior ao que tem”. O presidente da administração do Centro Hospitalar do Algarve ressalvou que “têm sido abertas as vagas para concursos e o hospital tem tido possibilidade e autorização para contratação”.

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Algarve, Pedro Nunes, disse que tem havido um aumento do número de internamentos de idosos por desidratação e realçou que aquela estrutura precisa do dobro dos médicos.

O aumento significativo de doentes começou a sentir-se, segundo Pedro Nunes, há pouco mais de uma semana e “tem-se mantido [pelo que] o hospital foi obrigado a aumentar o número de camas disponíveis para que os doentes não estivessem nos corredores nem ficassem no serviço de urgência”, disse aos jornalistas o presidente do conselho de administração.

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“Entretanto, no último mês, contratámos profissionais, conseguimos contratar mais 25 enfermeiros e mais 25 assistentes operacionais já a pensar na necessidade do hospital e na possibilidade de no verão as coisas se poderem agravar”, acrescentou.

Adicionalmente, adiantou, há também a possibilidade de “reativar a antiga enfermaria de Pneumologia no edifício do Departamento de Saúde Mental”, em Faro.

“O acesso às urgências tem sido muito elevado, mas isso é habitual todos os anos no verão. Situa-se entre os 900 a mil doentes por dia. Normalmente, este aumento de acesso é típico do verão, não se associa é a tantos casos graves da área da medicina. Foi a diferença este ano, que nos obrigou a tomar medidas semelhantes às que tomámos no inverno”, referiu Pedro Nunes.

“O hospital tem à volta de 400 médicos. Não seria exagerado dizer que quase precisaria do dobro. Os grandes hospitais no país chegam a ter à volta de 100 anestesistas e este centro hospitalar tem - para uma região que tem 200 quilómetros de largura, que tem duas maternidades, duas urgências situadas a 60 quilómetros - 18 anestesistas”, afirmou Pedro Nunes.

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“Agora, entre ter autorização para contratação e as condições serem atrativas, há uma distância grande”, admitiu.

Ainda assim, Pedro Nunes considerou que “à medida que o país for tendo mais médicos, se não forem sendo drenados pela emigração e se os grandes centros urbanos não continuarem a cativar os médicos, é natural que dentro de algum tempo o Centro Hospitalar do Algarve tenha resposta”, disse Pedro Nunes, de acordo com a Lusa.

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