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Milhares fizeram «Aviso Geral» ao Governo no Porto

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Salários e precariedade dos empregos são as principais queixas da CGTP

Cerca de dois mil trabalhadores manifestaram-se durante a tarde desta quarta-feira no Porto, contra «as normas gravosas» do Código do Trabalho.

Depois de uma concentração na Praça da Batalha, para o sector público, e outra na Praça Gomes Teixeira, para o sector privado, os manifestantes juntaram-se na Praça da Liberdade para ouvir as palavras de Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP.

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Carvalho da Silva, juntamente com João Gomes, da União de Sindicatos do Porto, encabeçou o desfile que partiu da Praça Gomes Teixeira. O coordenador da CGTP explicou aos jornalistas as principais razões deste «Aviso Geral».

Os sindicatos pedem o aumento dos salários, defendem a contratação colectiva e lutam contra o desemprego e a precariedade. «É preciso compromissos políticos para os próximos anos», sublinhou Carvalho da Silva, «o novo Código veio precarizar ainda mais o trabalho», acrescentou.

O secretário-geral da CGTP deixou a promessa de um «enorme primeiro de Maio» com a expressão de enorme descontentamento por parte de todos os trabalhadores no feriado, já que a pressão patronal ainda impede que os trabalhadores possam estar presentes na manifestação.

A manifestação contou com a participação de trabalhadores vindos de todos os concelhos do distrito do Porto, o distrito onde as pessoas trabalham mais e são mais pobres, com a taxa de desemprego mais grave, de acordo com Carvalho da Silva. A organização fala em vinte mil pessoas presentes.

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A situação laboral dos jovens também foi abordada pelo secretário-geral, que afirmou não se poder aceitar que os jovens tenham piores condições de trabalho que os pais, «cada geração tem a obrigação de dar à geração seguinte igual ou melhor nível de vida», declarou.

Carvalho da Silva realçou que os patrões não podem ter a possibilidade de encostar os trabalhadores à parede, dando-lhes condições inferiores ao que têm direito e deixou um aviso: «nós jamais nos submeteremos às suas imposições e ganância».

Após o discurso, a manifestação prosseguiu com o desfile até ao Governo Civil do Porto.

«Aviso Geral» continua em Lisboa

A CGTP prevê uma forte adesão à manifestação marcada para quinta-feira em Lisboa. Os trabalhadores do sector público vão concentrar-se no Saldanha e os do privado concentram-se junto à sede da Confederação da Indústria Portuguesa. O desfile termina na Assembleia da República com uma intervenção de Carvalho da Silva.

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