Os prejuízos causados pelas cheias na Austrália ascendem a dois mil milhões de euros e já foram activados os mecanismos de ajuda, disse à Lusa o cônsul de Portugal em Brisbane, João Velosa, esta quarta-feira.
As inundações afectam esta zona relativamente despovoada, em que a densidade populacional será de um habitante por quilómetro quadrado e onde reside, pelo menos, uma família portuguesa numa cidade que foi isolada.
PUB
«Com certeza não foram afectados em termos de saúde. Foram obviamente afectados materialmente, mas é tudo», referiu.
«É uma área muito grande, mas tem muito pouca gente. Há três ou quatro cidades afectadas», cuja população varia entre os 500 e os 30.000 habitantes, onde «residem poucos portugueses», acrescentou o cônsul.
Os pedidos de pagamento às companhias de seguros, segundo a imprensa, ascendem a 700 milhões de euros em bens materiais, relatou.
«Há ajudas tanto do Governo Estatal de Queensland, como do Governo Federal da Austrália. Com certeza, as pessoas têm prejuízos, mas os mecanismos de ajuda já estão activados», indicou João Velosa.
Na actividade económica, os prejuízos são também significativos, tanto na agricultura como na extração mineral, a base da economia nestes locais.
As culturas não podem ser ceifadas porque as máquinas não conseguem chegar aos campos, nomeadamente de trigo, e a extração de carvão teve de ser interrompida.
«Estima-se que os prejuízos sejam da ordem dos três biliões de dólares, que são à volta de dois mil milhões de euros. Os prejuízos materiais são elevadíssimos», sublinhou.
As condições meteorológicas registaram uma melhoria, mas prevê-se que chova mais, até porque nesta zona da Austrália, os meses de Janeiro e Fevereiro são os mais chuvosos.
PUB