Alguns autarcas do Oeste criticaram a EDP por não querer assumir os prejuízos dos clientes que estiveram sem electricidade após o mau tempo.
Mau tempo: clientes da EDP sem luz são «várias centenas»
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O presidente da Câmara da Lourinhã, José Manuel Custódio, disse à agência Lusa que não está «admirado» com a posição assumida pela empresa, uma vez que mesmo «em alturas em que o vento sopra a 20 quilómetros por hora, também não paga».
Descontente com a resposta, o autarca ameaçou já rescindir o contrato com a EDP e disse que o município pretende associar-se a clientes da EDP lesados do concelho para avançar com uma queixa para tribunal.
O presidente da Câmara de Alenquer, Jorge Riso, disse estar também de acordo, por «não admitir que haja pessoas sem luz durante cinco dias», após o mau tempo da madrugada de quarta-feira.
«A EDP fez tudo o que estava ao seu alcance, mas não estava preparada para uma situação destas porque devia ter colocado mais geradores», sublinhou, acrescentando que tal como as seguradoras que vão cobrir os prejuízos de habitações ou as câmaras que tiveram de desobstruir estradas, «também a EDP devia assumir as suas responsabilidades».
Contactado pela Lusa, o vice-presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes, afirmou que, face ao elevado número de estragos na rede eléctrica, o trabalho da EDP «foi excepcional», contudo admitiu que a empresa deve analisar eventuais reclamações recebidas dos clientes.
A EDP declinou responsabilidades sobre os cortes de energia, invocando condições climáticas adversas «excepcionais».
A empresa apenas assumirá os custos dos prejuízos dos clientes, ainda não calculados, associados a falhas ocorridas na reparação de avarias.
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