A Associação Industrial do Minho (AIMinho) defendeu esta quinta-feira que um comboio de alta velocidade, entre Porto e Vigo «só será eficaz» se passar no Aeroporto Sá Carneiro e se for construído um novo canal ferroviário até Braga e Valença, disse fonte empresarial.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da AIMinho, António Marques considerou que «seria um crime nacional se o comboio não passasse no aeroporto, que é hoje o mais movimentado do noroeste peninsular». Sustentou, também, que a ligação entre Braga e Porto «tem de ser efectuada a mais de 200 quilómetros/hora».
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«Aeroporto do Porto terá ligação ao TGV»
António Marques falava a propósito do anúncio oficial da construção daquela ligação ferroviária, previsto para a Cimeira Ibérica que vai juntar, em Braga, sexta e sábado, José Luis Zapatero e José Sócrates e membros dos governos dos dois países.
O dirigente considera «escandaloso» que se queira levar o comboio até Campanhã (Porto) «para poupar dinheiro», o que - defende - «vai prejudicar a região Norte já que irá impedir o crescimento da sua infra-estrutura aeroportuária».
A AIMinho, com sede em Braga, defende ainda que a ligação Porto/Braga/Valença seja toda feita em canal ferroviário próprio, e não - como parece ser a opção governamental - mantendo, com melhoramentos, a linha até Braga, construindo, apenas, de raiz uma nova até Valença.
«Com a linha actual, o comboio demorará uma hora, como agora sucede com o «pendular», a ligar Braga ao Porto, porque terá de abrandar nas estações intermédias, e quando houver outros, regionais ou de mercadorias, à sua frente», frisou.
António Marques sustenta que sem um novo canal, a ligação Porto/Vigo vai demorar pelo menos duas horas, o que será inaceitável e reduzirá o seu alcance em termos de passageiros.
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