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Obesidade: hospitais públicos não dão resposta

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Já operaram mais de mil pessoas, mas a lista de espera continua «enorme»

Os hospitais que integram a rede pública de cirurgia da obesidade registam uma «enorme lista de espera», apesar de já terem operado mais de mil pessoas, afirmou o presidente da Sociedade Portuguesa da especialidade, António Sérgio.

«Há uma enorme lista de espera. A rede pública não dá resposta. A obesidade ainda é vista como o parente pobre da cirurgia», referiu António Sérgio, à margem do XII Congresso Mundial de Cirurgia da Obesidade, que está a decorrer no Porto até sábado.

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O presidente do congresso disse que os hospitais públicos de Lisboa, Porto e Coimbra que operam obesos efectuaram apenas cerca de 30 por cento das 4.000 a 5.000 cirurgias da obesidade já realizadas em Portugal.

António Sérgio, que se transferiu recentemente de um hospital público (Santo António) para um privado (Carmo), ambos no Porto, lamentou que o tratamento da obesidade grave esteja acessível apenas a «ricos», que têm dinheiro para pagar os 7.000 a 13.000 euros que custa uma cirurgia.

«Infelizmente, só há uma forma de resolver a obesidade grave, que é a cirurgia. Está-se à procura da cirurgia ideal», afirmou António Sérgio, salientando que entre os 1.500 congressistas de 64 países presentes no Porto estão especialistas nos cerca de 20 tipos de cirurgia da obesidade.

Depois de alguns anos de domínio da banda gástrica e do «bypass», as cirurgias mais utilizadas para combater a obesidade grave, a comunidade científica tem centrado atenções nos avanços da cirurgia endoscópica, nomeadamente na possibilidade de se poder vir a operar o estômago a partir da boca.

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António Sérgio frisou que «a obesidade deixou de ser uma doença dos países ricos», porque já afecta todo o Mundo, mesmo os países mais pobres.

«O Mundo morre mais de obesidade do que de fome», salientou, afirmando que já há estudos que apontam esta doença como responsável, directa ou indirectamente, por cerca de 14 por cento de todas as mortes no planeta.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Cirurgia da Obesidade, 15 por cento das mulheres e 13 por cento dos homens portugueses são obesos.

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