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Contas da EPUL «chumbadas»

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Documentos de 2006 e 2007 foram chumbados com os votos contra do movimento Cidadãos por Lisboa e do PCP e a abstenção dos restantes

Os relatórios e contas da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) de 2006 e 2007 foram chumbados em reunião do executivo municipal, escreve a Lusa.

Os documentos foram chumbados com os votos contra do movimento Cidadãos por Lisboa e do PCP e a abstenção do PS, movimento Lisboa com Carmona, PSD e Bloco de Esquerda.

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O vereador do PSD Salter Cid afirmou que os sociais-democratas tiveram dúvidas devido ao «aumento de 50 milhões de euros em resultados transitados [de 2006 para 2007] negativos, aparentemente sem explicação».

«Pedimos explicações ao conselho de administração da EPUL e as explicações não nos pareceram suficientes e por isso abstivemo-nos», argumentou, à Lusa.

Questionado sobre o facto de a actual administração da empresa ter sido nomeada no mandato anterior, liderado por Carmona Rodrigues (eleito pelo PSD), Salter Cid respondeu que «o PSD já condenou o que a Câmara anterior fez, por isso é que a fez cair».

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O vereador do movimento Lisboa com Carmona, Pedro Feist, que integrou o anterior executivo, considerou, por seu turno, que o problema reside no «albergue espanhol» em que a EPUL se tornou e que se encontra em ««falência técnica».

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«Não nos queremos libertar de responsabilidades, mas não nos sentimos confortáveis em aprovar os documentos até porque não nos agradou a forma como foram apresentados. Não estou a pôr em causa a realidade das contas, mas os critérios», acrescentou Pedro Feist.

Documentos insuficientes

O movimento Cidadãos por Lisboa considerou que os documentos de gestão apresentados pela EPUL foram «insuficientes para resolver a situação crítica da empresa», acrescentando que apesar de apresentar «resultados líquidos positivos», «encontra-se, de acordo com as contas de 2007, com capital próprio negativo» de 13 milhões de euros.

«Também não foram suficientemente esclarecidas as razões que levaram a abater em 2007, nos resultados transitados de 2006 (que segundo as contas desse ano eram de 12 milhões e 400 mil euros ), um montante negativo de cerca de 35 milhões de euros, que veio a reflectir-se negativamente na perda de perto de 50 milhões de euros no capital próprio», afirmaram os Cidadãos por Lisboa na sua declaração de voto.

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Os vereadores comunistas evocam ainda uma questão prévia, porque, consideram que «o conselho de administração está de forma irregular à frente da empresa», ao ter sido nomeado pelo ex-presidente, Carmona Rodrigues, por despacho, sem ser sujeito a apreciação da Câmara.

A autarca comunista criticou ainda que os partidos da maioria que governam a autarquia se tenham abstido na votação das contas da empresa: «Se apresentam em Câmara têm de aprovar, caso contrário, as contas não estão certas e não é apresentado».

Para o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, «o que é extraordinário é o PSD e Lisboa com Carmona não terem aprovado as contas dos seus mandatos».

Sá Fernandes reiterou que o processo de reestruturação das empresas municipais será apresentado em Julho, bem como os novos estatutos da EPUL.

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