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Queima: «Quem me dera que fosse terça-feira»

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Milhares viram o cortejo da Universidade de Coimbra. Não faltou ironia

Milhares de pessoas assistiram esta tarde ao tradicional cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, que contou com o desfile de 92 carros alegóricos, em representação das faculdades da Universidade e dos diferentes institutos de ensino superior, refere a Lusa.

Muito barulhentos, os estudantes entoavam cânticos e iam distribuindo cerveja de lata aos visitantes que, com a temperatura amena e o sol a espreitar, de mão esticada, rodeavam os carros enfeitados com as cores identificadas de cada curso.

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O cortejo, que se desenrola entre a Alta e o Parque Manuel Braga, na Baixa, começou cerca das 15:30 horas, encabeçado por grupos de antigos estudantes, alguns a festejarem 50 anos de curso, gaiteiros, seguindo logo atrás uma viatura de Medicina, como manda a tradição de Coimbra.

Devido à alteração do Código da Praxe, resultante da introdução do processo de Bolonha no ensino superior, o cortejo transitou este ano da terça-feira para o domingo, uma mudança que não agradou a todos os alunos da academia.

«Quem me dera que fosse terça-feira», lia-se num dos primeiros carros do desfile.

«Mais vale andar de burro»

Mais atrás, o carro do Departamento de Engenharia Informática (DEI) apresentava uma inscrição referindo: «E ao terceiro dia ele descansou, Deus não andava no DEI, pois não?».

O carro de Economia aproveitou para criticar a actual situação no sector dos combustíveis, escrevendo que «Com o preço da gasolina assim, mais vale andar de burro».

A prestação de cuidados de saúde no país esteve em foco nos carros de Medicina que recordaram o caso de Alijó, em que um homem acabou por falecer devido a uma falha na prestação de socorro, e o encerramento das maternidades.

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O carro 22 anunciava a existência da «Maternidade Correia de Campos, que espera por si numa estrada qualquer».

Ao longo do desfile assistiram-se alguns episódios protagonizados pelos estudantes, como os da Faculdade de Desporto que, na Praça da República, destruíram parcialmente a sua viatura aos pontapés, bengaladas e puxões, e aquele em que um aluno cortava o cabelo com uma tesoura a um jovem não trajado.

As «intoxicações» da praxe

Vários comerciantes de pipocas, bolos, algodão doce e tremoços, entre outros, lamentaram o negócio e constataram uma ligeira redução do número de pessoas.

Fonte dos Bombeiros Voluntários disse que este ano se registou um decrescimento significativo nos ferimentos registados durante o desfile devido à substituição do vidro pela lata.

Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, houve apenas a registar as intoxicações alcoólicas da «praxe».

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