Já fez LIKE no TVI Notícias?

Tribunal não aceita recurso sobre acidente na linha do Tua

Relacionados

Decisão inviabiliza a pretensão de levar a julgamento eventuais responsáveis

O Tribunal da Relação do Porto indeferiu o recurso da mulher de uma das vítimas do primeiro acidente na linha do Tua, inviabilizando a pretensão de levar a julgamento eventuais responsáveis.

Em despacho datada de três de Dezembro, a que a agência Lusa teve acesso, os juízes da Relação decidiram «julgar totalmente improcedente o recurso», mantendo a recusa de abertura de instrução e o arquivamento do processo pelo Ministério Público.

PUB

Carla Rodrigues, esposa do revisor do comboio que descarrilou para o rio Tua, a 12 de Fevereiro de 2007, fazendo três mortos e dois feridos, foi a única que decidiu avançar com o processo judicial. Não se conformou com o arquivamento do processo por parte do Ministério Público de Carrazeda de Ansiães, pediu a abertura da instrução, que lhe foi denegada pelo mesmo tribunal.

Recorreu, então para o Tribunal da Relação do Porto, que vem agora rejeitar a sua pretensão de levar a julgamento o presidente da administração da REFER e os técnicos especialistas, supervisores e encarregados pelas inspecções semanais da linha.

Carla Rodrigues perdeu o marido José Fonseca, no mais grave acidente de sempre na linha do Tua, o de 12 de Fevereiro de 2007, um mês antes de José completar 32 anos.

Ouvir os responsáveis

O Bloco de Esquerda anunciou que vai requerer a audição na Assembleia da República das empresas responsáveis pela linha do Tua, reiterando a «necessário de apurar responsabilidades na degradação» da via férrea onde já morreram quatro pessoas.

Num comunicado enviado à Lusa, da secção de Mirandela do partido, o Bloco acusa «o Governo de estar a atrasar deliberadamente todo o processo, à espera que a barragem de Foz Tua inicie as obras e, dessa forma, torne irreversível o desaparecimento da ferrovia».

«O Bloco de Esquerda não se conforma com esta atitude inadmissível do Governo e vai apresentar novo requerimento na Comissão Parlamentar para que sejam ouvidas, desde já, a CP, REFER, EMEF e Metro de Mirandela», sustenta o comunicado.

PUB

Relacionados

Últimas